Quando termina a partida do Uruguai, do alto de uma das arquibancadas superiores do Itaquerão, dois marmanjos não contêm as lágrimas. Eles, que ficaram em pé durante todo o jogo cantando e motivando a seleção, se sentam para chorar.
"Choro porque é um sonho ver a seleção vencer em uma Copa", desabafa o comissário de bordo Renato Marquez, 32, bandeiras do Uruguai e do Peñarol enroladas no corpo. "Perdemos o outro jogo porque não tínhamos Suárez. Com ele em campo há esperança", diz seu amigo Ramiro Diaz, que viajou 1.600 km de carro de Rivera a São Paulo para ver o jogo.
Eles se levantam e puxam mais uma vez o canto que dominou a torcida da Celeste durante a partida: "Olê, Olê, Olê, Olê, Suárez, Suárez!".
Suárez é Luís Suárez, atacante do Liverpool que marcou duas vezes nesta quinta (19) e deu aos uruguaios mais uma rodada de esperança pela classificação para a próxima fase da Copa. O jogador passou por uma cirurgia menos de um mês antes da Copa e havia dúvidas se estaria recuperado para a competição.
Na arquibancada um nível abaixo, o salvador da pátria Suárez também é reverenciado em diversos cantos que embalam a multidão uruguaia que não quis sair do Itaquerão. "La mano de Dios, la mano de Dios/ La mano de Suárez y de la p... madre que lo parió!", cantam os torcedores evocando a "mão de Deus" uruguaia, quando o próprio Suarez evitou um gol de Gana com as mãos na Copa de 2010.
A atitude levou a um pênalti contra o Uruguai que foi perdido pelos adversários. A vaga para uma das semifinais foi dessa maneira para os pênaltis, e o Uruguai ganhou. "Lucho [Luís] é o coração do time. Com ele jogando tudo muda. Voltamos a ter raça", afirma Guillermo Tobias, 30, segurando um boneco de papelão com a cara de Suárez.
Como todos querem uma foto com o craque da partida, Tobias posa sem parar para as fotos. Mas isso não o impede de puxar mais um canto antes de partir. "Voltaremos, Voltaremos,/ Voltaremos outra vez/ Voltaremos campeões/ Como da primeira vez."
SaídaA saída do Itaquerão após o jogo desta quinta (19) entre Uruguai e Inglaterrafoi complicada para muitos torcedores que buscaram o caminho do Expresso Copa, serviço da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).Devido ao fluxo de pessoas, o escoamento foi muito lento, e as pessoas ficavam praticamente paradas. "Esse é o padrão Fifa?", criticava um torcedor preso na multidão. "Dejenme salir [Deixem-me sair]", gritava um uruguaio.
Voluntários, que tentavam a duras penas ajudar o escoamento das pessoas, diziam que a situação no caminho do metrô era mais tranquila. "Está difícil [orientar as pessoas]. Não sei por que não consigo ver o fim [rumo à estação]", lamentava-se a voluntária.
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