Assim como uma boa parte de seus compatriotas, o psicólogo americano John DiMarco, 45, viu o início de uma paixão pelo futebol ser abatida de forma prematura no jogo desta terça-feira (1º) entre EUA e Bélgica, pelas oitavas de final da Copa do Mundo.
Num pub de Manhattan, ele acompanhou, com esperança de uma virada contra os belgas, até o último segundo da prorrogação. "Os últimos 30 minutos de jogo foram eletrizantes", disse DiMarco, fã de hóquei, que viu seu interesse aumentar por futebol a cada bom desempenho do time americano no Brasil.
Nessa partida - especialmente na prorrogação - a torcida gritou a cada avanço americano e se desesperou com os dois gols da Bélgica.
"Mas o [goleiro] Tim Howard foi nosso grande herói. Se não fosse por ele, tínhamos perdido de cinco", arrisca DiMarco.
A Copa do Mundo despertou nos americanos uma empolgação pelo futebol nunca antes vista no país. Nas últimas partidas, torcedores lotaram pubs e o Bryant Park em Nova York. Em Washington, centenas se reuniram no Dupont Circle e, em Chicago, milhares assistiram aos jogos em telões no Grant Park.
A audiência dos jogos, nos EUA, aumentou cerca de 50% nos jogos desta Copa, comparada à do mundial em 2010, segundo a CNN. Só a partida contra Portugal, no último dia 22, foi assistida por 25 milhões de espectadores, superando, inclusive, a última final da liga de basquete americana, a NBA, que teve 15,5 milhões de espectadores.
"O time dos EUA foi maravilhoso, estava jogando muito bem. Se eu fosse realmente fã, diria até que foi uma tragédia ter parado aqui", disse o publicitário Craig Orvieto, 43. "O jeito agora é voltar para a temporada de beisebol."
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