Investigada na operação que desarticulou o milionário esquema de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo, a Fifa teria se recusado a entregar à polícia civil a relação de seus funcionários que estão no Brasil durante o Mundial. Polícia e Ministério Público se dizem cada vez mais próximos de prender o integrante da entidade apontado como líder da quadrilha, que estaria hospedado em um hotel do Rio. A operação de captura pode acontecer a qualquer momento.
O delegado responsável pela investigação, Fábio Barucke, da 18.ª DP (Praça da Bandeira), informou ter solicitado à Fifa uma lista de seus integrantes no Brasil; até este domingo, estava sem resposta. O promotor que atua em conjunto com Barucke no caso, Marcos Kac, da 9.ª Promotoria de Investigação Penal, também confirmou que a entidade não tem colaborado nas investigações da operação Jules Rimet, que até agora já prendeu 11 pessoas, entre elas o franco-argelino Lamine Fofana.
Fifa, polícia e MP-RJ estão em confronto aberto desde sábado, quando a Federação criticou publicamente a atuação dos policiais O diretor de Marketing da Fifa, Thierry Weil, chegou a divulgar um nome e disse tratar-se da pessoa que a polícia procura: "Ele se chama Roger", disse, e rejeitou a tese de que seria um funcionário da entidade. Mas, segundo a reportagem apurou, as autoridades mantém em sigilo - inclusive e principalmente para a Fifa - o nome do suspeito, para evitar que deixe o País ou tenha qualquer tipo de ajuda da entidade para escapar.
Na Fifa, a versão oficial é de que a entidade está "colaborando plenamente" com as autoridades brasileiras. "Não toleramos esse tipo de atitude (cambistas) e vamos punir quem quer que seja", declarou há dois dias Weil. Ele não conseguiu explicar como é que a polícia, por semanas, não havia informado à entidade sobre o que ocorreria. Segundo o promotor Marcos Kac, os investigadores estão "muito próximos" de chegar ao alvo principal, informação confirmada também pela polícia.
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