A Polícia Militar do Rio dispersou com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e tiros de paintball uma manifestação contra a Copa neste domingo (13) nos arreadores do Maracanã, zona norte da cidade.
Às 16h, momento do início da partida entre Argentina e Alemanha pela final da Copa no estádio carioca, o ato já estava praticamente encerrado. O protesto começou na praça Saens Peña, na Tijuca, a dois quilômetros do estádio, com cerca de 400 pessoas.
A polícia, em contingente muito superior ao de manifestantes, cercou os quatro lados da passeata. A marcha seguiu por cerca de 200 metros na rua Conde de Bonfim. Diante das barreiras policiais, posicionadas em todas as esquinas de ruas transversais, inclusive com homens da Força Nacional e a cavalaria da PM, os manifestantes tentaram voltar pelo mesmo caminho.
O conflito começou às 15h05, quando um grupo tentou surpreender a polícia, correndo para tentar entrar em uma das ruas laterais, perto de uma das barreiras. A PM usou então bombas -a reportagem contou seis de efeito moral e duas de gás lacrimogêneo, com a fumaça nas cores azul e amarela- para dispersar os manifestantes.
O fotojornalista freelancer Samuel Tosta foi atingido nas costas por um estilhaço de bomba de efeito moral. Ele, que usava crachá da Arfoc (Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos), foi atendido por socorristas voluntários que fizeram um curativo no ferimento. O profissional passa bem.
Assim como o fotojornalista, um manifestante de 16 anos, que não deu seu nome, teve um ferimento no rosto, provocado por estilhaço. Socorristas voluntários afirmaram ter atendido um policial com dedo quebrado, um manifestante com dente quebrado, outro com suspeita de fratura no anti-braço e outro com a costela lesionada.
Policiais que acompanhavam a manifestação a pé e sem máscaras sentiram os efeitos do gás lacrimogêneo. Homens da polícia também dispararam uma arma de paintball contra os manifestantes. A PM usa desde o ano passado esse armamento. As balas disparadas, ao contrário da munição de paintball, não soltam tinta e têm efeito semelhante aos tiros de borracha.
Depois do primeiro foco de conflito, parte dos manifestantes se dispersou e cerca de 200 pessoas correram para a praça e ainda tentaram protestar com palavras de ordem.A policia continuou a jogar bombas e começaram as prisões. Segundo advogados ativistas, ao menos duas pessoas foram detidas. O fotógrafo freelancer Leo Correa foi atingido por spray de pimenta e policiais e revistaram sua mochila.
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