Os manifestantes que saíram da Praça do Relógio em direção a Fan Fest, em Taguatinga (DF), cidade satélite de Brasília, foram recebidos com violência pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

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Os policiais formaram um cordão de isolamento um quilômetro antes da entrada do evento e impediram a passagem do grupo, composto por aproximadamente 150 pessoas. A cavalaria da PM e homens do Grupo Tático Operacional (Gtop) também participaram da operação.

Sob o comando do coronel Neviton Pereira Júnior, o pelotão fechou todas as faixas do Pistão Norte, via que dá acesso ao Taguaparque. Alguns dos manifestantes tentaram, sem sucesso, negociar com o policiamento a passagem pelo bloqueio. Irredutível, o coronel argumentou que está vetado o acesso ao evento de qualquer tipo de aglomeração, independente do motivo.

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"Vocês tem duas escolhas: ou param por aqui e voltam para onde estavam com suas faixas e panfletos, ou então tentam passar por nós e vão para o conflito", reforçou. Com megafone na mão, um dos presentes reclamou do abuso policial: "O que estão nos dizendo é que não somos cidadãos e não temos direito de ver o jogo como qualquer outro. Isso é apenas mais um dos crimes cometidos pela FIFA no Brasil", retrucou.

Revoltados, alguns tentaram seguir pela calçada e foram reprimidos com truculência pela polícia. O próprio coronel Neviton arrancou das mãos de um jovem uma faixa que dizia 'Bem-vindos à Copa das manifestações'.

Durante a confusão, que durou cerca de meia hora, dois homens que usavam camisas para tapar os rostos foram puxados pelo pescoço e arrastados por alguns metros por homens do Gtop, que ameaçaram os demais. Acuados, os manifestantes deixaram o local rumo a Praça do Relógio por volta das 16h45.