Cofre aberto
Quanto a prefeitura de Curitiba já investiu para ter jogos da Copa do Mundo na cidade:
R$ 143 milhões: potencial construtivo da Arena.
R$ 14,5 milhões: desapropriação de 16 terrenos no entorno estádio.
R$ 6,5 milhões: desapropriação do terreno para Broadcast Compound (estrutura para transmissão de tevê).
R$ 2 milhões: infraestrutura de Broadcast Compound, da Inspeção Veicular, Rede Subterrânea na Rua Madre Maria dos Anjos.
R$ 6,5 milhões: revitalização da Praça Afonso Botelho (Praça do Atlético).
R$ 12,2 milhões: obras de implantação da infraestrutura viária no entorno da Arena.
R$ 35 milhões: estruturas complementares para o entorno do estádio.
A instalação de um centro de mídia na Arena da Baixada custou ao menos R$ 8,5 milhões a mais para a prefeitura de Curitiba garantir a realização de jogos da Copa do Mundo na cidade. Inicialmente, segundo contrato assinado em 2007, esse gasto seria de responsabilidade do Comitê Organizador Local (COL) do Mundial, órgão ligado à Fifa.
Segundo balanço divulgado ontem pela prefeitura, os cofres do município já destinaram R$ 572 milhões à realização do Mundial. Desses, R$ 8,5 milhões dizem respeito à desapropriação do terreno que será destinado às equipes televisivas que farão transmissão dos jogos e à infraestrutura do local gasto que, em princípio, seria do COL. Em entrevista à Gazeta do Povo em dezembro, o prefeito Gustavo Fruet afirmou que, após a competição, a área destinada às equipes de transmissão das partidas será usada pela Secretaria da Saúde.
Segundo a própria prefeitura, o valor investido a mais pelo município na realização da Copa em Curitiba pode ser maior. Mas, procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da administração municipal não soube informar quais outras obrigações originalmente eram do COL. Por exemplo: R$ 35 milhões serão destinados, segundo a prefeitura, a "estruturas complementares para o entorno estádio", que podem incluir construções temporárias não previstas quando o contrato com a Fifa foi assinado.
Além do centro de mídia, os demais gastos incluem a desapropriação de 16 terrenos no entorno da Arena, obras de infraestrutura viária e revitalização da Praça Afonso Botelho e emissão de títulos de potencial construtivo para financiar parte da obra do estádio (veja a tabela). A prefeitura apresentará o balanço hoje, durante entrevista com membros do COL, na sede da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). A assessoria da prefeitura de Curitiba ressaltou ainda que os compromissos com o COL foram firmados na gestão anterior.
A reportagem também entrou ontem em contato com o coordenador-geral de assuntos da Copa no governo do estado, Mario Celso Cunha. Ele preferiu não comentar o assunto. A Fomento Paraná empresa de economia mista ligada o governo do estado que está investindo nas obras da Arena negou ter assumido qualquer responsabilidade que era do COL.
Pelo país
Segundo reportagem publicada na edição de domingo do jornal Folha de S. Paulo, termos aditivos assinados desde 2009 transferiram responsabilidades do COL para estados e municípios. O comitê, por exemplo, seria responsável pela infraestrutura de mídia, mas o custo foi repassado para as cidades-sede. A reportagem informou que o valor total repassado ao poder público pode chegar a R$ 870 milhões incluídos aí gastos em 2013 com a Copa das Confederações, que não teve Curitiba como sede. De acordo com o jornal, o Ministério Público dos seis estados que sediaram a Copa das Confederações deverão ajuizar ações para a Fifa ressarcir os cofres públicos.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião