O cérebro da segurança em Curitiba na Copa do Mundo foi inaugurado oficialmente nesta sexta-feira (6). Todas as decisões operacionais durante o Mundial serão tomadas pelo Centro Integrado de Comado e Controle Regional (CICCR) que receberá durante 24 horas a imagem de mil câmeras de videomonitoramento espalhadas pela cidade. Além do acompanhamento, o trabalho integrado pretende agilizar as decisões e medidas para solucionar eventuais ocorrências.
O espaço ocupa o quinto andar inteiro da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, no Centro Cívico, e reúne 33 entidades envolvidas durante o evento Fifa. O centro começou a funcionar dia 23, como determina a Lei Geral da Copa, e vai operar até dia 18 de julho, cinco dias após o término do Mundial no Brasil. Algumas câmeras ainda não estão interligadas ao sistema, o que deve ser solucionado até a próxima semana, asseguram as autoridades.
Serão dois mil agentes nas ruas das Polícias Civil e Militar sendo 30% destes vindos do interior, segundo o secretário de segurança do estado Leon Grupenmacher. Eles terão o reforço ainda da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Guarda Municipal e exército.
"Nosso efetivo é de 4.160 militares que vão fazer a segurança de locais estratégicos como o centro de imprensa, centrais de abastecimentos elétricos da Copel, hotéis destinados à Fifa, por exemplo. Além disso, vamos acompanhar todo o deslocamento das seleções para evitar que qualquer intercorrência atrapalhe, como um acidente, protestos, conflitos", explicou o coronel Rômulo Marinho, comandante do Exército na operação.
O primeiro grande teste acontece domingo, com o desembarque da seleção espanhola em Curitiba. Todo percurso do aeroporto até o CT do Caju, onde a equipe ficará concentrada, contará com o trabalho do exército. O investimento na segurança para a Copa no Paraná é estimado em R$ 100 milhões, sendo R$ 20 milhões liberados via Ministério da Justiça. Dois caminhões de monitoramento, no valor de R$ 5 milhões cada, foram adquiridos e darão suporte nas operações durante o Mundial. Os custos incluem ainda equipamentos antibomba, imageador aéreo para helicópteros e armamentos não letais adquiridos para reforçar a segurança.
Desafio
O maior desafio das forças de segurança na Copa, de acordo com Grupenmacher, foi integrar o trabalho de todas as unidades envolvidas. "Cada instituição teve condição de dar seu aporte, sua contribuição para o evento. O ambiente está bom e não existe divergência política ou institucional", afirmou o secretário da pasta.
Rotas e estratégiasO coordenador do CICCR, delegado federal Flúvio Oliveira Garcia, frisou que todas as delegações dos países que jogarão em Curitiba já têm equipes designadas para acompanhá-las. As estratégias de escolta também estão definidas, mas não foram divulgadas por motivos de segurança. De acordo com Garcia, há equipes suficientes para manter a segurança das seleções e demais autoridades que estarão na cidade. Segundo o secretário, todas as equipes terão companhia das forças de segurança em todos os trajetos dentro da cidade.
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