CPI

A Gazeta do Povo teve acesso ao relatório parcial da Comissão Parlamentar de Inquérito criada na Assembleia Legislativa para investigar as obras da Copa do Mundo de 2014. O material pede que "sejam acompanhadas de forma permanente as obras de preparação para o evento por meio de comissão parlamentar estadual afeta ao tema [de Esportes]". Pede ainda que a reforma da Arena receba acompanhamento constante do Ministério Público e Tribunal de Contas.

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A composição da CAP S/A, Sociedade de Propósito Específico (SPE) criada para gerir a obra da Arena da Baixada, é alvo de questionamento no relatório do Tribunal de Contas da União sobre a reforma do estádio. De acordo com o texto, o fato de altos dirigentes do Atlético serem os acionistas da SPE deveria ser averiguado pelo Ministério Público estadual. O tribunal levanta dúvida se o sócio comum teve assegurado o mesmo direito dos dirigentes de participar da sociedade.

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É o que destaca o ministro-relator, Valmir Campelo, em seu voto. "O artigo 3.° do Estatuto Social do Clube Atlético Paranaense converge com a norma civil [artigo 55.° do Código Civil] no sentido de coibir qualquer discriminação ao quadro social da entidade".

O relatório mostra que a CAP S/A é formada pelos seguintes acionistas: Atlético (98%), Mario Celso Petraglia (0,5%), José Cid Campêlo Filho (0,5%) – este renunciou no ano passado –, Antônio Carlos de Pauli Bettega (0,5%) e Lauri Antônio Pick (0.5). Todos têm ou tinham cargos elevados no Conselho Administrativo ou no Deliberativo do Furacão.

O relatório já foi encaminhado para o Ministério Público e está em análise na Procuradoria Geral de Justiça.

O próximo passo é ser encaminhado à Promotoria do Patrimônio Público, onde está a Comissão da Copa. O Atlético não respondeu aos contatos por e-mail e telefone para comentar o assunto.