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Reservas da Colômbia como Fredy Guarín fizeram apenas treinos leves ontem em SP | Eitan Abramovich/ AFP
Reservas da Colômbia como Fredy Guarín fizeram apenas treinos leves ontem em SP| Foto: Eitan Abramovich/ AFP

Vantagem

Colômbia aposta no menor desgaste que o Brasil

Um dos caminhos para a Colômbia bater o Brasil na sexta-feira, em Fortaleza, é o preparo físico. Ao contrário do anfitrião, que precisou de 120 minutos e mais a tensão da disputa por pênaltis, os cafeteros usaram a "lei do menor esforço" para passar pelo Uruguai e chegar às quartas de final.

Vantagem que o técnico José Pékerman quer amplificar. Por isso, além da folga dada aos atletas no domingo, nada de forçar na primeira atividade da semana. Ontem, no CT do São Paulo, em Cotia, a 30 quilômetros da capital paulista, só exercícios leves. Quem enfrentou os uruguaios ficou na academia fazendo trabalhos de recuperação e reforço muscular. Os reservas até foram para o campo, mas ficaram na corridinha. "Temos de nos preparar para jogar 90 minutos e, se precisar, 30 minutos a mais. Estamos bem [fisicamente]", garantiu Carlos Sánchez.

Parte dessa preparação também passa pelo fator "temperatura". Apesar de ser realizado às 17 horas, o calor de Fortaleza é uma preocupação extra. Por isso, em vez de viajar faltando 48 horas para o jogo, como fez até agora no Mundial, a Colômbia decidiu antecipar a ida para o Nordeste para se acostumar com o que vão enfrentar. Assim, a delegação embarca para a capital cearense hoje, no final da tarde, depois de treinar no período da manhã em Cotia.

Arbitragem

Sánchez e Ramos também foram questionados sobre a arbitragem. Mas minimizaram o assunto. "Para nós tem feito diferença o que temos mostrado em campo. São 11 contra 11 e nem a arbitragem e nem os torcedores podem jogar", disse Sánchez. "Nós temos de nos preocupar em jogar bem. Esta Copa tem sido alegre para a Colômbia e assim deve ser na sexta. Não devemos pensar em outros fatores que não sejam esses", acrescentou Ramos.

Jogar as quartas de final contra o Brasil na sexta-feira, às 17 horas, em Fortaleza, já é o maior feito da Colômbia em Copas. A seleção comandada por James Rodríguez, porém, quer mais. E ter como adversário o pentacampeão mundial e anfitrião não assusta. É só um obstáculo a ser transposto. "Temos muito respeito pelo Brasil, mas não temos medo. É a seleção da casa, tem grandes jogadores", resumiu o volante Carlos Sánchez.

E pelo o que os colombianos apresentaram até agora e, mais importante, o pouco que os brasileiros mostraram, realmente não há motivos para temor. Em quatro jogos, quatro vitórias. Tem o terceiro melhor ataque com 11 gols (fica atrás só para a Holanda). Tem o artilheiro da competição, James Rodríguez, com cinco tentos.

Um futebol que tem encantado. Muita alegria em campo, revertida em eficiência. Seja nas dancinhas de Armero ou nas jogadas de craque de James Rodríguez, a Colômbia surpreende e parece mais o Brasil do que o próprio Brasil. E pensar que Falcao García, um dos principais atacantes do mundo, foi cortado antes do torneio devido a uma lesão no joelho esquerdo.

Por outro lado, os brasileiros penaram para chegar até as quartas. Em quatro partidas, duas vitórias e dois empates. O último, contra o Chile, só foi decidido nas cobranças de pênalti. Em vez de um futebol alegre, vê-se tensão e nervosismo.

Um desempenho que não tira o foco dos cafeteros. Pelo contrário. Tudo o que foi feito até este momento pelos comandados de José Pekerman pode ficar pelo caminho se as boas atuações anteriores não forem repetidas na sexta-feira. "O que fizemos até agora pouco diz sobre como será o jogo. O Brasil tem uma seleção preparada, chegou às quartas de final com méritos", relativizou Sánchez.

Essa cautela responde pelo nome de Neymar. Apagado no último jogo, é quem pode desequilibrar e mandar a Colômbia para casa. Pelo menos essa é a preocupação de grande parte da imprensa do país. Ontem, na entrevista coletiva no CT do São Paulo, em Cotia, na Grande São Paulo, os jornalistas bombardearam Sánchez e Adrián Ramos com perguntas sobre o camisa 10 brasileiro.

Evidentemente também há uma atenção interna ao que Neymar pode fazer, no entanto, nada que seja externado. "Neymar é uma estrela mundial, um diferenciado. Talvez ele passe pelo setor que eu jogo, mas outros também vão passar por ali. Por isso seria uma falta de respeito com o Brasil eu falar apenas do Neymar. Respeito todos os jogadores, são muito técnicos. O Brasil será um adversário difícil, não somente o Neymar", completou Sánchez.

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