Fã de Petraglia, o professor Endy Chaves se vestiu de cartola, mascote do Atlético, para pedir a volta do dirigente ao clube| Foto: Antonio Costa/ Gazeta do Povo

A expectativa criada em relação às propostas que seriam apresentadas na reunião do Conselho Deliberativo do Atlético, ontem, não se justificou. A atual diretoria, capitaneada pelo presidente Marcos Malucelli, não mostrou nenhuma solução para a conclusão da Arena visando à Copa 2014. Da mesma forma, o ex-presidente Mario Celso Petraglia, que ha­via afirmado ter um modelo viável, ficou apenas no campo das ideias.

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Essa indefinição deu-se justamente no dia em que a presidente Dilma Rousseff cobrou mais agilidade na construção dos estádios. Ela chegou até a ameaçar as cidades que não começarem as obras até o final de 2011.

No encontro, o presidente do Conselho Deliberativo, Gláucio Geara, e o vice-presidente do clube, Enio Fornea, atualizaram o colegiado sobre o andamento das conversas com a construtora OAS, iniciadas em maio. A proposta oficial da empresa ainda não foi passada ao clube, que poderia ceder à construtora o terreno da Rua Brasílio Itiberê, bem como uma futura "Areninha", uma espécie de arena multiuso que ocupará o mesmo espaço.

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Além da OAS, a construtora paranaense Triunfo surgiu como interessada em trabalhar conjuntamente ao Atlético nas obras. "Não houve ainda nenhuma formatação final. A que está mais adiantada é da OAS. A expectativa é que o início das obras não passe de quatro meses, mas esperamos que seja antes", afirmou Geara.

Por sua vez, Petraglia também não mostrou uma solução definitiva. O caminho sugerido é que o Atlético tire do cofre o dinheiro para pagar a diferença no orçamento – que saltou de R$ 135 milhões para R$ 220 milhões de acordo com o clube. Segundo Petraglia, um estádio totalmente novo renderia mais recebíveis.

Além disso, sugeriu que os preços dos ingressos, bem como dos sócio-torcedores, sejam reajustados para cima. Outra proposta foi a de criar uma nova classe de contribuintes, chamados de "sócios Copa". Em resumo, pagariam mensalmente R$ 25 para ajudar o Atlético, sem qualquer direito a ingresso. Petraglia saiu da reunião sem falar com a imprensa.

A partir de agora, o Conselho analisará as propostas e convocará uma nova reunião para os próximos dias.

Manifestações

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A promessa de uma vigília em frente à Arena para apoiar Petraglia não ganhou corpo. Poucas pessoas estiveram no local para se manifestarem a favor do ex-mandatário atleticano. A única movimentação foi a de cerca de 40 crianças, que chegaram em um ônibus escolar. O grupo trazia faixas pedindo a volta do ex-presidente. Ao final da reunião, quando os conselheiros estavam de saída, algumas pessoas gritaram e xingaram o atual presidente atleticano, Marcos Malucelli.