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Van Gaal aponta o jogo contra a Argentina como histórico para a Holanda | Marius Becker/ EFE
Van Gaal aponta o jogo contra a Argentina como histórico para a Holanda| Foto: Marius Becker/ EFE

De um lado a Argentina, bicampeã mundial que esqueceu o que é ganhar. Do outro a Holanda, símbolo do futebol bem jogado, que nunca venceu. Só um deles segue na Copa para tentar quebrar seu carma. A decisão é hoje, às 17 horas, na Itaquerão.

INFOGRÁFICO: Veja informações sobre o duelo entre Holanda e Argentina

Antes de pensar em enfrentar a seleção alemã na final de domingo, no Maracanã, a Albiceleste e a Laranja olham para trás na tentativa de aprender com os próprios erros. Estudam as falhas cometidas em campo no Brasil, mas também trazem consigo exemplos do passado.

Para os argentinos, a página do calendário não saiu daquele 29 de junho de 1986. Desde o título mundial no México, alcançaram apenas uma decisão. Perderam para a Alemanha em 1990 e, desde então, só voltaram à fase semifinal agora.

Ao todo, são 21 anos de seca total – a última taça levantada pelo time principal foi a da Copa América de 1993. Com o grande craque no auge, a chance de mudar a história é única. "Messi nos dá água no deserto. Fazendo gols ou não, sua influência é determinante", diz o técnico Alejandro Sabella, que não conseguiu fazer a equipe render o esperado. Todas as vitórias foram por diferença mínima.

Louis Van Gaal, por outro lado, tem o segundo melhor ataque da Copa (12 gols) -- Alemanha chegou a 17 gols com a goleada no Brasil -- mesmo ‘traindo’ os princípios mais básicos do futebol holandês. Ele abdicou do 4-3-3, humilhou a Espanha e chegou entre os quatro melhores. O retrospecto contra a Argentina é ótimo (veja ao lado), com exceção da final de 1978, segundo revés da Laranja nos momentos cruciais.

O primeiro revés aconteceu em 1974, contra a Alemanha. A última diante da Fúria, quatro anos atrás. Para apagar o rótulo negativo, o time de Robben, Sneijder e Van Persie precisa começar por hoje. As velhas e novas gerações esperam ansiosamente por isso.

"Vai ser tarde na Holanda [22 horas], mas é uma oportunidade única para as crianças. Não devemos privá-las dessa oportunidade. Não vão dormir de qualquer forma mesmo. Meu conselho é que deixem os filhos assistirem", pede Van Gaal, que nunca deixa de cutucar.

"Provavelmente o jogo vai terminar mais tarde do que o último jogo [decidido nos pênaltis] porque a Argentina está um pouquinho acima da Costa Rica no nível do futebol", ironizou.

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