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O Atlético anunciou ontem ter encerrado a primeira fase das obras na Arena. Foram retiradas as cadeiras e houve a desinstalação de toda a cobertura. Próximo passo  será concentrado no setor da Rua Brasílio Itiberê | Daniel Caron/ Gazeta do Povo
O Atlético anunciou ontem ter encerrado a primeira fase das obras na Arena. Foram retiradas as cadeiras e houve a desinstalação de toda a cobertura. Próximo passo será concentrado no setor da Rua Brasílio Itiberê| Foto: Daniel Caron/ Gazeta do Povo

Cenário sombrio irritou Cunha

A Gazeta do Povo obteve detalhes do encontro envolvendo conselheiros, dirigentes, técnicos e até o prefeito Luciano Ducci (PSB).

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Qual o peso das declarações do secretário para a lisura da Copa no Paraná?

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Amparado pelo Palácio Iguaçu, o secretário estadual para Assuntos da Copa 2014, Mario Celso Cunha (PSB), ganhou um reforço de peso na cruzada para se livrar da polêmica em que se meteu ao declarar que o Atlético poderia ter perdoadas as dívidas caso pegasse dinheiro emprestado do governo federal para a reforma da Arena.

A afirmação foi feita durante uma reunião do Conselho Deli­­be­­rativo do Rubro-Negro, em 2010, e revelada pela Gazeta do Povo na edição do domingo.

A diretoria atleticana divulgou nota ontem, no início da noite, de­­fendendo o político, que também é conselheiro do clube. "O CAP re­­pele as especulações que sugiram nos últimos dias a partir da divulgação de declarações feitas há dois anos – em contexto outro e em tom de observação, nunca de pregação – pelo então vereador e con­­selheiro do clube Mario Celso Cunha", diz o comunicado.

"[Mario Celso] sempre agiu com responsabilidade e dedicação ao esporte e agora, como se­­cretário de Estado encarregado de coordenar as ações para a Copa de 2014 aqui, trabalha com grande empenho para o sucesso do evento", segue a nota, que ressalta tam­­­­­bém o fato de não existir "qualquer possibilidade, tampouco in­­tenção, de o clube deixar de honrar o compromisso assumido com o banco [Ban­­co Naci­­o­­nal de De­­sen­­volvi­­men­­to Eco­­nô­­mico e Social – BNDES]".

A preleção de Cunha também não ecoou no Centro Cívico. Avi­­sa­­do da controvérsia por Deonilson Roldo, seu chefe de gabinete, o go­­ver­­nador Beto Richa (PSDB) preferiu relativizar a questão. A justificativa, segundo a reportagem apu­­rou, é de que o discurso era antigo, de quase dois anos, quando Cunha não pertencia ao quadro funcional do estado – era vereador e presidente da comissão que tratava do tema na Câmara.

O debate vinha se resumido à Assembleia Legislativa. Ontem, porém, o pedido de informações do deputado estadual Tadeu Ve­­neri (PT) sobre as condições do em­­préstimo do BNDES para a conclusão do complexo rubro-negro foi derrubado no plenário da Casa por 34 vo­­tos a 8.

Líder do governo, o deputado Ademar Traiano (PSDB) justificou que ainda não há um pré-contrato firmado com o banco, logo não há um valor oficial ou garantias oficiais para o empréstimo. Veneri havia apresentado o requerimento na sessão de segunda-feira.

"As respostas dadas pelo deputado Traiano não me surpreendem, mas me deixam mais preocupados. Abre-se uma nova fonte de preocupação ao saber que não há nenhum valor contratado até o momento", afirmou o petista. "Não dizem que garantias serão dadas e também se, de fato, em algum momento, houve a intenção do secretário da Copa [Mario Celso] em estimular ou propor que esses empréstimos pudessem ser tomados sem que fossem pagos", emendou.

Traiano, por sua vez, manteve o discurso de que "como não há nada de oficial, não é possível uma manifestação oficial do governo", defendendo o secretário estadual.

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