O secretário municipal para Assuntos da Copa, Reginaldo Cordeiro, admitiu na manhã de ontem, durante visita da delegação técnica da Fifa à Arena da Baixada, estar preocupado com os reflexos dos seis dias em que as obras do estádio ficaram paradas por determinação da Justiça do Trabalho.
O Atlético retomou as obras na terça-feira, mas tem até hoje para fazer todos os ajustes referentes à segurança dos operários exigidos pela Justiça sob o risco de novo embargo judicial. Os técnicos da Fifa estiveram em Curitiba para a vistoria semestral de preparação para a Copa do Mundo de 2014.
Segundo o secretário, quando uma obra deste porte é paralisada, as equipes levam, em média, dez dias para retornar ao ritmo normal. "Mas a promessa da CAP S/A [empresa criada pelo Atlético para gerenciar a obra] é de que sejam retomada essas frentes e, com a garantia de segurança, tenhamos prazo para concluir a obra até 31/12", disse Cordeiro, referindo-se à data estipulada pela Fifa para a conclusão do estádio atleticano.
No último boletim de evolução da empreitada, com data de 31/8, restavam 20% dos trabalhos para um período de quatro meses. Cordeiro aproveitou a vistoria para anunciar que já foram comercializadas aproximadamente 4 mil cotas do potencial construtivo crédito virtual concedido para se construir imóveis de tamanho acima do estabelecido pela legislação municipal referentes às obras da Arena.
A quantidade posta à venda há cerca de um mês equivale a R$ 2,5 milhões. No acordo entre prefeitura, governo do estado e Atlético, o município permitiu a negociação do equivalente a R$ 123 milhões desses títulos como garantia para o empréstimo repassado pela Fomento Paraná autarquia do governo estadual. "O fato de o potencial construtivo estar sendo comercializado dá mais garantias à Fomento Paraná para ceder mais financiamento ao Atlético", explicou o secretário municipal.
Na avaliação de Cordeiro, a procura pelos títulos tem sido grande. A previsão é de que a primeira leva, de 60 mil cotas, o equivalente a R$ 37 milhões pela cotação atual do Custo Unitário Básico (CUB índice de indexação dos preços na construção civil) seja vendida a maior parte até o fim do ano.
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