Cerca de 70 dos aproximadamente mil operários que trabalham nas obras da Arena da Baixada cruzaram os braços nesta terça-feira (10). Os funcionários protestam pelo atraso de salários, que deveria ter sido pago na sexta-feira (6). Alguns operários reclamam que, pelo fato de não serem da cidade, tem tido dificuldade em se manter.
Entre os funcionários parados estão cerca de 20 que trabalham como carpinteiros diretamente para a Cap S/A, empresa criada pelo Atlético para gerenciar a obra. Já os outros 50 pertencem a empresa Alves Construção, que conta com pedreiros e serventes de obra, e Alves Montagem, em que trabalham montadores de andaime. Às 13 horas desta terça-feira os grevistas estavam espalhados em grupos pequenos na frente do estádio e na praça Afonso Botelho.
"As contas estão atrasadas, tem alguns que pagam aluguel", reclamou um carpinteiro de 39 anos, que recebe seu salário do Atlético, e preferiu não se identificar. "O empreiteiro disse que não entrou nada do clube. As empresas maiores conseguem bancar do bolso", acrescentou outro pedreiro de 29 anos, de uma firma terceirizada. "É o terceiro pagamento que atrasa. No nosso caso também não pagaram a primeira parcela do 13º salário", disse um montador de andaime de 59 anos, também terceirizado.
No total cerca de mil operários trabalham na Arena da Baixada, que tem a inauguração prevista para 26 de março, aniversário de fundação do Atlético. A previsão inicial era de que o estádio ficasse pronto no final do ano, mas o próprio presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, já avisou que 2013 acabará com 90% do estádio concluído.
O jogo teste do dia 26 de janeiro também já foi oficialmente adiado para a segunda quinzena de fevereiro.
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