A quinta atualização das obras da Matriz de Responsabilidade da Copa Mundo, divulgada nesta segunda-feira (25) pelo Comitê Organizador Local (COL), aponta um aumento no custo da reforma da Arena da Baixada visando o Mundial. De acordo com o documento divulgado no site do governo federal, o estádio, que receberá quatro jogos da Copa de 2014, custará R$ 326,7 milhões.
O aumento nos gastos com a praça esportiva é de 23,1% na comparação com o último orçamento, de R$ 265,2 milhões. Em relação ao orçamento original da obra, de R$ 184,6 milhões, o acréscimo é de 77%.
De acordo com o secretário municipal de Copa, Reginaldo Cordeiro, essa diferença é explicada especialmente pela tributação. No orçamento anterior, não estão acrescidos os impostos já que o clube é beneficiado pelo pelo Regime Especial de Tributação (Recopa), nem o valor das desapropriações ao redor da Arena - bancadas pela prefeitura.
"[Na Matriz] incidem os valores de impostos e desapropriações por ser tratar do complexo, não só do estádio", diz Cordeiro. "Eles pegaram os R$ 265 milhões, somaram aos R$ 14,2 milhões de desapropriações que o Atlético deve devolver em permuta até o fim do ano que vem. Sobram os cerca de R$ 50,3 milhões, que é o que o Atlético recebe de isenção de impostos", completou.
Chama a atenção no balanço o incremento do valor financiado pelo governo federal. De R$ 123 milhões no ano passado, passou para R$ 234,1 milhões, o que representa elevação de 47,4%. Já o investimento privado na obra caiu de acordo com o relatório. Antes, o Atlético pagaria R$ 97 milhões, valor que despencou para R$ 78,35 milhões.
Os outros dois estádios privados da Copa, o Beira-Rio e o Itaquerão, não sofreram aumentos no orçamento no mesmo período. A praça esportiva de Porto Alegre custará ao todo R$ 330 milhões e a de São Paulo R$ 820 milhões.
A reportagem procurou o Atlético para falar sobre o relatório do governo federal, mas o clube, por meio da assessoria de imprensa, informou que não falaria sobre o assunto.