Destaque da estreia do Brasil na Copa do Mundo com o terceiro gol nos 3 a 1 sobre a Croácia, o meia Oscar desde então desapareceu neste Mundial. Peça-chave do meio de campo da seleção brasileira, o jogador só se salva nas bolas roubadas.
O camisa 11 é o maior ladrão de toda a competição. Recuperou a posse da bola 23 vezes nas quatro partidas que disputou. O segundo no ranking já deu adeus ao Mundial, o defensor Mehrdad Poolandi, do Irã, com 20 desarmes perfeitos. Considerando apenas os classificados para as quartas, Tejeda, da Costa Rica, seria o vice, com 16.
O que se espera do representante do Chelsea, entretanto, não tem sido cumprido. Oscar foi convocado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para ser o principal criador de jogadas da equipe, embora atue praticamente como um meia-atacante.
O retrospecto na função é ruim. Completou somente 23,5% dos cruzamentos que tentou. A taxa de finalização de passes é igualmente baixa, 63,4%.
Oscar integra ainda dois top 10 dos quais não tem motivos para se orgulhar. É o 9º atleta de ataque que mais perdeu bolas, com 41. E o 6º que mais sofreu desarmes, com 21.
O desempenho abaixo da crítica pode ter origem no posicionamento. Felipão quer que o meia volte até os volantes, possivelmente Fernandinho e Paulinho na partida de amanhã contra a Colômbia. O objetivo é dar liberdade total para Neymar, eximindo o craque da marcação.
Diante de México e Chile, Oscar circulou por uma área bem maior do gramado. O resultado foi um Brasil com inanição ofensiva e a dupla de zagueiros, Thiago Silva e David Luiz, lançando da defesa para os atacantes.
Amanhã, contra a Colômbia, um adversário que pratica um futebol mais solto, o paulista tem nova oportunidade para mostrar a que veio. Ou a sombra de Willian, que já o substituiu duas vezes na competição, nos duelos com o Chile e o México, só vai aumentar.
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