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Desculpa aceita

O governo federal aceitou as desculpas do secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, que sugeriu na semana passada um "chute no traseiro" do Brasil para acelerar os preparativos para a Copa de 2014. No pacote do acordo de paz, ficou combinado uma reunião entre o presidente da entidade, Joseph Blatter, e a presidente Dilma Rousseff. Em uma resposta com apenas duas linhas, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, comunicou o perdão ao dirigente francês. "Em atenção à sua correspondência do dia 5 de março de 2012, comunico a Vossa Senhoria, em nome do governo brasileiro, que suas desculpas foram aceitas".

Poucos detalhes esclarecidos sobre o processo de conclusão da Arena para a Copa de 2014 e muito otimismo nos discursos. Esse é o saldo da visita de representantes da Fifa e do Comitê Organi­zador Local (COL) ao estádio do Atlético, realizada ontem.

"O prazo exigido pela Fifa de entrega do estádio em dezembro de 2013 é plenamente factível. Estamos tranquilos, aguardando a assinatura das garantias [fornecidas pelo Atlético]", falou Ricardo Trade, diretor executivo de operações e competições do COL.

E foi só o que o dirigente pôde falar. Antes da entrevista coletiva – que contou ainda com Fúlvio Danilas, diretor do escritório da Fifa no Brasil – os organizadores da visita avisaram que não seriam respondidas perguntas sobre assuntos técnicos como financiamento, prazos, etc. Justamente os temas que seguem nebulosos.

O secretário municipal para a Copa, Luiz de Car­­va­­lho, se mostrou ainda mais otimista, ao garantir que a Arena estará pronta em pouco mais de um ano, em março de 2013, para o aniversário do Furacão, dia 26, e de Curitiba, dia 29. "Permanece o cronograma. Temos certeza de que a obra estará concluída", disse Carvalho.

Otimismo que não encontra justificativa no desenrolar da obra. Nem mesmo o financiamento do BNDES já saiu. O Ru­­bro-Negro espera receber ainda neste mês a primeira parcela dos R$ 123 milhões que virão do banco para concluir a praça esportiva – além desse montante, o clube terá de gastar em torno de R$ 40 milhões.

Também não está definida a garantia que será ofertada pelo Atlético à Fomento Paraná (autarquia responsável por re­­passar ao clube o empréstimo do BNDES). Os cerca de R$ 100 milhões em títulos de potencial construtivo não serão su­­fi­­ci­­entes. O clube convocou uma reunião para tratar do tema no dia 14, e o CT do Caju deve ser empenhado como garantia.

Ontem, depois de circularem pelo gramado, a comitiva tratou de temas como ingressos, transporte e segurança. A delegação havia pas­­sado por São Paulo e Porto Ale­­gre. Agora, se­­gue a Cuiabá, Manaus e Natal.

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