Única estreante na Copa do Mundo de 2014, a Bósnia-Herzegovina é uma incógnita para muita gente, até mesmo para o seu técnico, Safet Susic. O próprio treinador reconhece que não tem ideia de quão longe seu time pode ir no Brasil. Para ele, a equipe titular é boa, mas não tem reservas à altura.
"Temos jogado bem contra times menores, mas nunca vencemos um time grande, como Portugal, França ou Brasil. Acredito que temos um grande time, dez ou mais grandes jogadores, mas os atletas do banco não estão no mesmo nível. Quando estamos com força total, podemos fazer valer uma aposta, mas isso muda se perdermos dois ou três atletas", admite Susic.
Na Copa, o que se sabe é que a Bósnia irá atuar no ataque, como foi seu estilo de jogo durante as Eliminatórias. "Eu gosto do meu time atacando, prendendo a bola, e tentando deixar o adversário sem saídas. Às vezes negligenciamos o lado defensivo, mas não temos recursos para jogar de outro jeito. Temos atacante excepcionais e por isso vamos jogar nos nossos pontos fortes", explica Susic.
Novamente o treinador admite que isso deixa a Bósnia-Herzegovina em posição arriscada. "Essa postura ofensiva certamente vai nos trazer problemas contra equipes mais fortes", reconhece.
Isso poderá ser testado logo na estreia da Bósnia, contra a Argentina. "O problema é que nosso primeiro jogo é contra o Messi. Eles vão jogar com dois ou três atacantes e um meio-campo extremamente ofensivo. Eu até posso trocar um meia-atacante por um volante, mas quero ter dois atacantes, mesmo que seja arriscado", promete.
Na sequência, os bósnios terão pela frente Nigéria e Irã. "Certamente poderíamos ter caído em um grupo mais difícil, então não podemos reclamar. Existe um time que certamente irá terminar em primeiro, a Nigéria, que sempre está nas Copas, e o Irã, que é um completo desconhecido para nós, mas que sabemos que é uma boa equipe. Vamos jogar a classificação na segunda partida, contra a Nigéria", avisa o treinador.
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