Técnicos ocuparam o banco adversário no último Mundial

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A partida entre Honduras e Equador, pela segunda rodada do grupo E, deve ser um embate ríspido em campo. Fora, no entanto, uma disputa amigável entre os dois treinadores. Ambos colombianos, Luis Fernando Suárez, técnico de Honduras, e Reinaldo Rueda, do Equador, são amigos. Detalhe: cada um deles enfrentará uma seleção que já comandou no passado.

O primeiro levou os equatorianos às oitavas de final da Copa de 2006, na Alemanha, e o outro classificou os hondurenhos para o Mundial de 2010, após 28 anos do país longe do maior campeonato de futebol do mundo. Da África do Sul, voltou com duas derrotas (Chile e Espanha) e um empate (Suíça).

Suárez acredita que a relação próxima com o Equador não será problema na partida de hoje. "O país representou muito para mim. Eu fico muito agradecido por tudo que me deu. Mas, ao mesmo tempo, reconheço tudo que Honduras me proporcionou, uma oportunidade de crescer como técnico e estar num Mundial novamente", disse ontem, antes do treino de reconhecimento da Arena.

Os treinadores concordam que as seleções passaram por modificações importantes. "Nenhum dos dois têm vantagem", cravou Suárez. "Não saberia dizer, para ser honesto [se há vantagem]. Honduras está diferente, foram quatro anos de maturação", disse Rueda.

Ele foi elogiado pelo amigo, que disse ter encontrado uma boa base na seleção hondurenha. "É generosidade do ‘professor Suárez’", respondeu. "O trabalho nestes últimos anos é mérito dele e de sua comissão. Também produto da cultura futebolística que levou o país à participação nas duas últimas Copas e nas duas últimas Olimpíadas", emendou.

A última vez que se encontraram como amigos foi quando os dois receberam o título de Honoris Causa, em Cali, na Colômbia, no mês de abril.