Humilhação espanhola -A Espanha chegou à Copa como favorita, mas o favoritismo da atual campeã caiu diante da estreia contra a Holanda, na Fonte Nova: 5 a 1, fora o baile. A eliminação na primeira fase se consolidou com a derrota para o Chile no Maracanã. Dez gols! Dez gols! Dez gols! -A seleção brasileira também saiu humilhada da Copa do Mundo. Primeiro, nas semifinais, uma goleada para a Alemanha por 7 a 1, a maior da história centenária da equipe. Para completar, nas semifinais, uma outra goleada: 3 a 0 para a Holanda, igualando o segundo pior resultado do país na história das Copas. Os dez gols dos dois últimos jogos ajudaram o time de Felipão a completar 14 gols sofridos, o pior desempenho defensivo da seleção em todas as 20 Copas. Totalmente boladão o time alemão -A Alemanha ganhou o título de seleção mais simpática da Copa. Ganhou o coração do torcedor brasileiro mesmo com a goleada histórica aplicada. A receita foi muita alegria, danças, reverência ao Brasil. Além disso, construíram um centro de treinamento em Santa Cruz Cabrália e deixaram toda a estrutura como legado para a população. Mordendo errado -O uruguaio Luis Suárez cometeu a agressão mais inusitada da história das Copas ao morder o italiano Giorgio Chiellini na última partida da primeira fase em Natal. O atacante uruguaio acabou punido com a maior pena da história das Copas: nove jogos de suspensão em partidas da seleção uruguaia e quatro meses sem poder atuar e sequer entrar em estádio de qualquer clube. Cidades abertas da América Latina -As torcidas de países da América do Sul invadiram as cidades brasileiras. Chilenos, uruguaios, colombianos, equatorianos e principalmente argentinos vieram em peso para o Mundial. Copacabana virou momentaneamente a capital deles, num ambiente multinacional. Para completar a festa em espanhol, mexicanos vieram com tudo para os jogos do Nordeste, com direito a desembarque de cruzeiro. Limpeza japonesa -A torcida japonesa surpreendeu a todos com um gesto incomum aqui no Brasil após suas partidas: recolheram todo o lixo que produziram. O que é curioso para nós é que é algo comum por lá: os japoneses têm este costume enraizado na cultura deles, sendo que as crianças e professores costumam fazer a limpeza das escolas. Tretas da África -As seleções de Camarões e Gana chamaram mais atenção pelos problemas internos que pelo futebol. Os camaroneses quase não embarcaram por problemas com a premiação e saíram com três derrotas. Assou-Ekotto e Moukandjo trocaram empurrões na goleada sofrida contra a Croácia. Em Gana, os jogadores ameaçaram greve o governo do país interviu com um transporte de dinheiro vivo que beirou a ilegalidade. No dia que chegou a premiação, Kevin Prince Boateng e Suley Muntari foram afastados do grupo. O primeiro por ofender o treinador e o segundo por agredir um cartola ganês. Sensação da América Central -Quando os grupos da Copa foram sorteados, todos lamentaram o azar da Costa Rica, que caiu numa mesma chave com os campeões mundiais Uruguai, Itália e Inglaterra. Com a bola rolando, os centro-americanos encarnaram os ceifadores, vencendo Uruguai e Itália e, já classificados como primeiros, empataram com a Inglaterra. No mata-mata, ainda despachou a também surpreendente Grécia e só parou nos pênaltis contra a Holanda, fazendo a sua melhor campanha da história sem ser batida no tempo normal. Só isso? -A cerimônia de abertura da Copa decepcionou a torcida. Curta como o padrão das aberturas de Copa e sem muito carisma da apresentação musical, ainda viu a exibição do exoesqueleto desenvolvido pela equipe do cientista brasileiro Miguel Nicolelis ser reduzida a um canto do palco e sem destaque da transmissão de tevê. Tecnologia a serviço do gol -A partida entre França e Honduras , no Beira Rio, entrou para a história como o primeiro gol validado pela tecnologia. O Goal Line da Fifa registrou e o árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci anotou o gol francês em que Benzema finalizou e o goleiro Valladares colocou a bola para dentro da própria meta após ela bater na trave. Da reserva do reserva para a glória -O técnico holandês Louis Van Gaal tomou uma atitude ousada antes da decisão dos pênaltis das quartas de final contra a Costa Rica. Sabendo que o seu goleiro titular Jasper Cillessen nunca pegou um pênalti na carreira profissional, colocou o terceiro goleiro Tim Krul apenas para a decisão. E funcionou. O arqueiro do Newcastle, que tinha estudado todas as batidas dos costarriquenhos, defendeu duas e garantiu os holandeses nas semifinais. Um centímetro -O atacante chileno Mauricio Pinilla esteve perto de despachar o Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo ao mandar uma bola no travessão de Julio Cesar no final da prorrogação de um jogo que seguiu empatado até os pênaltis. De maneira inusitada, mandou tatuar a bola na trave e a inscrição Carnaval argelino -O último jogo em Curitiba na Copa foi o que realmente teve decisão. Argélia e Rússia duelaram por uma vaga nas oitavas de final. O empate por 1 a 1 garantiu os argelinos pela primeira vez no mata-mata da Copa e decretou uma noite de festa dos inflamados norte-africanos na capital paranaense. Highlander de luvas -No jogo entre Japão e Colômbia em Cuiabá, o goleiro Faryd Mondragón quebrou um recorde ao se tornar o jogador mais velho a entrar em campo em uma Copa do Mundo. Ele tem 43 anos contra os 42 que o camaronês Roger Milla tinha em 1994. De quebra, o camisa 22 dos Cafeteros se tornou o primeiro jogador a estar relacionado em um jogo de Mundial em um espaço de tempo de 20 anos, pois esteve em 1994 (e também em 1998). Anunciou a aposentadoria dos gramados após o fim da campanha colombiana. O novo pibe colombiano -Sem contar com a estrela Radamel Falcao García, que não conseguiu se recuperar a tempo de uma grave lesão, o jovem James Rodríguez, que acabou de completar 23 anos, assumiu o protagonismo da Colômbia. Com seis gols e duas assistências, o camisa 10 foi a grande novidade do Mundial e se aproximou de trocar o Monaco pelo Real Madrid. O retorno da Albiceleste -A Argentina não vence uma Copa desde 1986 e não chegava à decisão desde 1990. Neste hiato, sofreu com a queda de rendimento de Maradona e o surgimento de duas gerações talentosas que não chegaram a títulos. Com Messi e um time bem montado ao redor dele, a Albiceleste finalmente voltou a uma final, sendo batida pela Alemanha assim como em 1990. Novas arenas -Os novos estádios brasileiros podem ser considerados o legado mais visível da Copa. Alguns deles terão uso imediato pelos clubes de suas cidades e poderá até fazer com que aumentem a arrecadação. Outros, porém, correm o risco de virar os chamados elefantes brancos. O Mané Garrincha, estádio mais caro da Copa, a Arena Amazônia e a Arena Pantanal são os que mais correm este risco, por estarem em cidades com futebol local fraco. Barras bravas -Em uma colaboração entre as polícias de Brasil e Argentina, uma lista de torcedores violentos foi criada e a intenção é que eles fossem barrados. Alguns foram, mas outros conseguiram driblar o cerco. Caso de Pablo Máfia desbaratada -A polícia brasileira conquistou um importante título nesta Copa. Conseguiu revelar o maior esquema de venda ilegal de ingressos da história do Mundial. O escândalo, entranhado na Fifa e nas empresas que prestam serviço a ela era indício desde pelo menos 1998. Um total de 12 pessoas foram indiciadas por envolvimento com a máfia milionária que desviava ingressos vip de cortesia e os vendia. A dor de Neymar -Neymar vinha sendo o principal nome da seleção brasileira. Perto do fim da partida contra a Colômbia, numa disputa de bola, o camisa 10 acabou recebendo uma joelhada nas costas do lateral-direito colombiano Camilo Zúñiga. Fratura na terceira vértebra da coluna lombar foi o diagnóstico, que tirou o atacante da Copa. Sem Neymar, as deficiências da seleção brasileira ficaram evidentes, com o time sendo batido com facilidade por Alemanha e Holanda. 20 momentos marcantes da Copa