Às vésperas do jogo entre Irã e Nigéria, que se enfrentam hoje na Arena da Baixada, o temido bordão "imagina na Copa" não se concretizou em Curitiba. Na tarde de ontem, o fluxo de passageiros que desembarcaram no Aeroporto Afonso Pena foi normal e isso contribuiu para o bom atendimento aos turistas. Não houve voos atrasados, a devolução das bagagens foi rápida e as filas para pegarem ônibus e táxis eram pequenas.
As dezenas de torcedores nigerianos e iranianos, que chegaram para acompanhar as respectivas seleções, elogiaram a organização, mas se decepcionaram com a falta de "clima" na cidade. "Os brasileiros não parecem estar interessados na Copa. Conhecendo a religiosidade em relação ao futebol, isso me surpreendeu muito", diz o sul-africano Kholekile Ndamase, que já assistiu ao jogo de abertura em São Paulo e depois de Curitiba seguirá para Rio de Janeiro.
Mesmo assim, adjetivos como "excelente" e "incrível" eram os mais utilizados pelos torcedores para descrever a situação no aeroporto. Algumas companhias aéreas disponibilizaram guias turísticos em língua inglesa e as lanchonetes traduziram os cardápios para o inglês. A dificuldade maior, apontaram vários torcedores, foi encontrar pessoas que falam inglês nas ruas, em restaurantes e táxis.
Na área de desembarque, alguns voluntários da Fifa estarão presentes até o final de junho para direcionar os passageiros em inglês, espanhol e francês. No Fun Zone um espaço de lazer localizado no piso inferior que conta com sofás, tevês, videojogos e mesas de pebolim também é possível pedir ajuda para o pessoal treinado para atender na língua de Shakespeare. No entanto, ontem, o balcão de informações turísticas da Infraero encontrava-se fechado.
Após desembarcar, a maioria dos turistas procurava rapidamente táxis e ônibus. "O movimento está muito fraco. É como se não houvesse Copa", reclama o taxista Augusto Pohlot. Lojistas e empresas locadoras de carro também não perceberam aumentos nas vendas. Pelo contrário: a vinda de estrangeiros não compensou a redução de passageiros nacionais, muitos dos quais deixaram de viajar nessa época do ano por causa da alta dos preços de passagens e hotéis.
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