A África do Sul serve de exemplo para os dois grupos nesta acalorada discussão sobre decretar feriados ou não em dias de jogos da Copa do Mundo. O principal país do continente africano optou por tratar todos os dias como normais. O lado bom: os turistas que perambulavam por Johannesburgo, a maior cidade, ou pelas paradisíacas Cidade do Cabo e Durban podiam se esbaldar no comércio.
Lembro bem de antes de acompanhar a abertura do Mundial, no colossal Soccer City (Johannesburgo), ter passado pela Nelson Mandela Square (como se fosse a Avenida Batel dos sul-africanos) para ver a movimentação.
Era gente de todos os lugares, diferentes idiomas misturados, todos se entendendo. E gastando. Comprando lembranças da primeira Copa no continente mais pobre do planeta.
Obstáculos
Mas como nem tudo são flores... Johannesburgo é imensa e espalhada e o transporte público não é lá essas coisas. Assim, o carro foi o principal meio de transporte para o estádio vizinho à megafavela chamada Soweto. Resultado: engarrafamento e mais engarrafamento. Teve gente da imprensa que, no meio do caminho, largou o ônibus oficial para vencer a pé os mais de três quilômetros que faltavam até o Soccer City. Muitos desistiram. Outros chegaram bem atrasados.
Curitiba
Cortando para a cena local, pesando os prós e os contras, não vejo necessidade de decretar feriados nas quatro datas de Copa na cidade. Exceção à atual campeã Espanha, nenhuma outra seleção que passará por aqui é de tirar o fôlego. Sem contar que os principais ônibus de Curitiba, os biarticulados vermelhos, deixam o torcedor na cara do estádio. Uma andadinha e pronto, está lá a Arena da Baixada.
Basta o poder público deixar claro que essa é a melhor opção. O comércio agradece.
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