O atacante Fred teve des­­val­­o­rização de 15,9% em seu valor de mercado, a maior da seleção| Foto: Vanderlei Almeida/ AFP

A humilhação imposta pela Alemanha fez despencar o valor de mercado da seleção brasileira. De acordo com estudo da Pluri Consultoria, o Brasil se despede hoje da Copa do Mundo, diante da Holanda, depreciado em R$ 62 milhões. A equipe nacional largou na competição avaliada em R$ 1,42 bilhão, na soma geral. Termina a disputa atingindo R$ 1,36 bilhão.

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O atacante Fred teve o porcentual mais alto de desvalorização. O valor do camisa 9 caiu 15,9% – de R$ 19 milhões para R$ 16,2 milhões. Além de ter marcado só um golzinho em seis partidas, contra Camarões, pesam os 30 anos. Em termos de cifras, quem mais "empobreceu" foi Hulk. O atleta do Zenit (RUS) era cotado em R$ 124,5 milhões. As péssimas atuações no torneio corrigiram os números para R$ 111,5, uma perda de R$ 13 milhões.

Só um jogador se salvou: Neymar. De fora da patética atuação do time contra os germânicos, contundido, o camisa 10 lucrou com o Mundial. Partiu avaliado em R$ 206 milhões e hoje atinge R$ 212 milhões. Não bastasse a significativa perda financeira, a maioria dos brasileiros terá problemas para enfrentar no pós-Copa, quando do retorno aos clubes de origem. E, neste caso, mesmo o craque do Brasil está incluído.

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Em recuperação da contusão que o tirou da disputa, fratura na terceira vértebra da coluna, Neymar não tem previsão de volta aos gramados. Enquanto isso, o Barcelona já anunciou a contratação do uruguaio Luis Suárez. E o polêmico atacante – suspenso por 4 meses e 9 jogos pela Fifa por causa da mordida no italiano Chiellini – não será o único concorrente na briga por uma vaga no ataque de um time em processo de reconstrução.

Cria dos catalães, Gerard Deulofeu, considerado uma das grandes promessas do futebol espanhol, com 20 anos, voltou do Éverton com moral. Há ainda Pedro e Messi. E o Barça mal saiu às compras.

Ainda por lá, o lateral-direito Daniel Alves deve se despedir após quase seis anos. Quem também está sem espaço é o volante Paulinho, no Tottenham. Os dois iniciaram o Mundial como titulares e perderam a vaga, para Maicon e Fernandinho, respectiva­mente.

Situação diferente vive David Luiz. Pouco antes de a bola rolar, o zagueiro foi anunciado pelo Paris Saint-Germain, comprado por cerca de R$ 167 milhões do Chelsea, negociação mais cara da história para um defensor. Será o momento de justificar o investimento.

Outro cenário se apresenta para Fred. Além de lidar com a cotação mais baixa no mercado da bola, o goleador que falhou na Copa terá de encarar a ira dos estádios no Brasileiro, que reinicia já na semana que vem. Antes sondado por clubes do exterior, Fred pediu aumento de 50% do salário e novo contrato de três anos com o Fluminense. O Tricolor já sinalizou que o atleta vai ficar querendo.

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