Os vereadores que integram a Comissão Especial da Copa da Câmara de Curitiba pretendem criar uma enquete para saber se a população é a favor ou contra a criação de feriados em dias de jogos da Copa do Mundo de 2014 na cidade. A posição foi aprovada em reunião realizada nesta quinta-feira (2). A capital paranaense será palco de quatro partidas do Mundial no ano que vem.
Os parlamentares municipais que analisam o projeto não chegaram a uma conclusão sobre como será o mecanismo de consulta pública. Apenas foi aprovado que será criada uma "ferramenta eletrônica" a consulta.
A comissão se reúne novamente no dia 15 de maio para debater o assunto e deve receber ainda novas opiniões sobre o assunto de entidades como a Associação Comercial do Paraná (ACP), que se posicionou contra a aprovação da medida durante o debate.
Discussão
Conforme informações da Câmara Municipal, os integrantes da comissão divergiram sobre a obrigatoriedade dos feriados. Tiago Gevert (PSC) sugeriu que uma alternativa mais adequada seria decretar ponto facultativo, mas concordou que o melhor, no caso, é aprofundar o debate com a sociedade sobre o tema.
Já Jorge Bernardi (PDT) defendeu, durante a reunião, que seja decretado ponto facultativo apenas para os funcionários públicos. "Até o momento não vejo um legado positivo para Curitiba. Acho desnecessário sacrificar o comércio e a indústria para apenas quatro jogos", disse Bernardi ao site da Câmara.
O presidente da Comissão, Paulo Rink (PPS), se mostrou a favor do projeto e ressaltou o fato de Copas do Mundo anteriores terem movimentado a economia das cidades-sede. Segundo ele, os feriados vão melhorar a mobilidade durante os jogos, que não será somente de torcedores, mas de participantes de eventos paralelos, como as Fan Fests festas que serão organizadas durante o Mundial (em Curitiba serão no Parque Barigui).
Trâmite
A proposta sobre os feriados precisa passar pela Comissão Especial da Copa para apenas depois ser votada em plenário. Depois de aprovada em duas sessões, o projeto segue para a sanção ou veto do prefeito Gustavo Fruet (PDT), o que ainda não tem prazo para acontecer.
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