Vista aérea do estádio do Maracanã| Foto: REUTERS/Ricardo Moraes

"É muita gente, meu irmão... Eu nem sei o que fazer". O funcionário do metrô do Rio estava perdido. O primeiro jogo no Maracanã na Copa do Mundo levou muito além de argentinos e bósnios, interessados diretos no resultado.

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Na saída da estação Maracanã, que dá acesso ao estádio, uma dupla de espanhóis, com cara de desespero, exibia cartazes em português e em inglês com a mensagem: "Preciso de ingressos. Compro".

O caminho para o estádio que voltou a receber uma partida de Mundial depois de 64 anos virou uma Torre de Babel.

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Dentro do metrô, os suíços faziam a festa com coreografias, fantasias e músicas. A cada parada de estação, quando uma mulher ia sair do trem, não importando idade, se era bonita ou feia, cantavam, misturando inglês e alemão: "Goodbye, my love, goodbye. Goodbye, auf wiedersehen." (Adeus, meu amor, adeus).

Um grupo de salvadorenhos posava para fotos na passarela que dá acesso à estação Maracanã e El Salvador não vai à Copa desde 1982.

Brasileiros passavam ao lado e tiravam fotos de tudo e todos. Enquanto os argentinos se misturavam entre os que cantavam que "esta barra quilombera no te deja de alentar" (Esta torcida bagunceira não te deixa de apoiar, em português).No Brasil, não, mas em vários países este domingo (15), é dia dos pais. Várias faixas de torcedores argentinos lembravam a data.

"Papa, me ensenãste todo, menos a vivir sin vos" (Papai, me ensinaste tudo, menos a viver sem você, em português).

Na passarela do estádio, outro pendurou uma bandeira gigante que dizia: "Mi viejo, Gardel, mi abuelo y yo" (Meu pai, [Carlos] Gardel [cantor de tango], meu avô e e eu, em português).

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