Utilizado pela primeira vez numa Copa do Mundo, o árbitro de vídeo (VAR) interferiu, em tese, no resultado final de sete partidas das 48 disputadas na fase classificatória. E, não tivessem ocorrido as modificações, o Mundial da Rússia teria oito diferenças no emparceiramento nas oitavas de final.
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O Brasil seria afetado sem o recurso do VAR. Nas oitavas, pegaria a Suécia ao invés do México, isso porque a classificação do grupo F seria outra sem a interferência do árbitro de vídeo. Além disso, a Argentina teria um oponente mais leve, a Dinamarca, e a Espanha encararia uma batalha com o Uruguai (veja os detalhes abaixo).
O levantamento reuniu apenas os jogos em que os resultados finais seriam afetados caso os lances assinalados pelo VAR não fossem apontados. Basicamente, foram jogadas em que pênaltis teriam ou não sido apontados. Foi considerado ainda que as penalidades apitadas seriam convertidas.
OITAVAS COM E SEM ÁRBITRO DE VÍDEO - VAR
Portugal x Rússia ao invés de Espanha x Rússia
Uruguai x Espanha ao invés de Uruguai x Portugal
Dinamarca x Argentina ao invés de França x Argentina
Croácia x França ao invés de Croácia x Dinamarca
Brasil x Suécia ao invés de Brasil x México
México x Suíça ao invés de Suécia x Suíça
COMO FICARIAM RESULTADOS E GRUPOS SEM O VAR
Com uma vitória na partida que empatou, Portugal ficaria em primeiro lugar no grupo, com sete pontos, jogando a Espanha para a segunda colocação, com cinco. O outro placar modificado no grupo, de Espanha e Marrocos, não alteraria mais a classificação.
25/6
Irã 1x1 Portugal – Com VAR
Irã 0x1 Portugal – Sem VAR
Gol do Irã é marcado em pênalti que o árbitro paraguaio assinala graças à ajuda do VAR, em toque da bola na mão de Cédric. Num primeiro momento, o árbitro nada aponta. Ou seja, sem o sistema, o Irã não teria a chance do empate.
25/6
Espanha 2x2 Marrocos – Com VAR
Espanha 1x2 Marrocos – Sem VAR
O árbitro do Uzbequistão Ravshan Irmatov anula um gol de Aspas, para a Espanha, com a marcação de impedimento do auxiliar. Depois, na revisão, valida o gol. Ou seja, sem o VAR o tento espanhol não teria sido anotado.
Com a vitória sobre a Austrália, que foi empate, a Dinamarca iria para sete pontos, ficando em primeiro no grupo. Considerando ainda que a França teria empatado o jogo em que venceu a Austrália, terminando em segundo, com cinco pontos.
21/6
Dinamarca 1x1 Austrália – Com VAR
Dinamarca 1x0 Austrália – Sem VAR
Poulsen toca a bola com a mão dentro da área e o árbitro espanhol Mateu Lahoz nada aponta. Depois, ao revisar a jogada, aponta para a marca falta. Na cobrança, os australianos empatam o jogo.
16/6
França 2x 1 Austrália – com o VAR
França 1x 1 Austrália – sem o VAR
Griezmann cai na área em lance com Risdon e o árbitro uruguaio Andrés Cunha nada marca. Em seguida, ao revisar o lance na TV, é anotado o pênalti. O próprio Griezmann cobra e faz 1 a 0.
A modificação do resultado não modificaria os classificados.
27/6
Suíça 2x2 Costa Rica – Com VAR
Suíça 2x3 Costa Rica – Sem VAR
Aos 44 do segundo tempo, o árbitro francês Clement Turpin assinala pênalti em Bryan Ruiz, da Costa Rica. Entretanto, após consultar o VAR ele anula a penalidade. Ou seja, os costa-riquenhos poderiam ter feito um gol a mais.
No grupo F, um empate da Suécia com a Coreia do Sul jogaria os suecos para 4 pontos e a segunda colocação do grupo, já que o México seria o líder com seis pontos. A Coreia também teria quatro pontos, mas ficaria atrás da Suécia no saldo de gols, 2 a 1.
18/6
Suécia 1x0 Coreia do Sul – Com VAR
Suécia 0x0 Coreia do Sul – Sem VAR
Kim Min-Woo derruba Claesson dentro da área. Em princípio, o árbitro Joel Aguilar, de El Salvador, nada aponta. Depois, com a revisão, determina o pênalti. Granqvist cobra e anota o único gol do jogo.
Senegal seria o primeiro colocado com cinco pontos com um empate diante da Colômbia, em jogo que acabou perdendo. Os sul-americanos ficariam em segundo, com quatro pontos, e se classificariam pelo saldo de gols na disputa com o Japão, que ficaria fora.
28/6
Senegal 0x1 Colômbia – Com VAR
Senegal 1x1 Colômbia – Sem VAR
Mané cai na área em choque com Sánchez e o árbitro croata Milorad Mazic marca pênalti. Depois, entretanto, anula a penalidade ao consultar o sistema. Ou seja, os senegaleses teriam, em tese, feito um gol.
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