Nem Neymar, nem Messi e nem Cristiano Ronaldo. Você não encontrará um jogador da Copa do Mundo tão adorado por seu país quanto Mohamed Salah é pelo Egito.
Por isso, quando o atacante do Liverpool foi derrubado pelo espanhol Sergio Ramos, do Real Madrid, na final da última Liga dos Campeões, e deixou o campo de maca, o país africano inteiro se desesperou. A lesão no ombro quase o tirou do Mundial.
A presença de Salah na estreia da seleção diante do Uruguai, nesta sexta-feira, às 9h, em Ecaterimburgo, ainda não é certa, mas para os outros jogos da primeira fase, contra Rússia e Arábia Saudita, ele estará pronto. Um alívio para os fãs.
O atacante marcou 44 gols em 52 jogos na temporada 2017/18. Foi o artilheiro e eleito o melhor jogador do Campeonato Inglês, liderou os Reds até a decisão da Champions League e se credenciou de vez à briga pelo prêmio de melhor do mundo neste ano.
Pela seleção, fez os dois gols (um deles ao 50 do segundo tempo) no duelo decisivo contra o Congo que garantiu o retorno do Egito à Copa do Mundo depois de 28 anos.
Em Moscou, nos arredores da Praça Vermelha, principal ponto de concentração dos torcedores durante a Copa, os egípcios marcam forte presença. Quase 100% deles com a camisa 10 de Salah e todos com gritos exaltando o jogador na ponta da língua.
“Ele é um ídolo. Nós, egípcios, não tínhamos um jogador de alto nível há muito tempo, que jogasse em um grande time, conquistasse coisas importantes. Para todo o país, Salah representa a possibilidade de um sonho se tornar realidade”, exalta Dilan Hendi, um dos torcedores que está na capital russa. Apaixonado por futebol, ele veio ao Brasil no Mundial de 2014 para assistir a dois jogos. Agora, na Rússia, terá a chance de ver a sua seleção em ação.
Os feitos esportivos já seriam suficientes para Salah ganhar o status de ídolo, mas o comportamento dele extracampo fez aumentar ainda mais a adoração pelo egípcio.
O atleta, que na adolescência viajava nove horas por dia para poder treinar, é muito envolvido com causa humanitárias. Em sua cidade natal, Nagrig (a 130 km da capital Cairo), ele já bancou a construção de um hospital, escola e campos de futebol. Diversas outras doações para instituições de caridade do país também já foram feitas.
Pelos gols que levaram o Egito à Copa, um magnata do país, Mamdouh Abbas, ofereceu a Salah uma mansão de presente. O jogador rapidamente recusou o ‘mimo’ e pediu que o dinheiro fosse direcionado ao centro comunitário de Nagrig.
Durante o jogo decisivo das Eliminatórias, aliás, a casa da família do jogador foi assaltada. O ladrão foi preso, mas Salah convenceu a família a retirar a queixa e ainda auxiliou o homem a garantir um emprego.
Na última eleição presidencial egípcia, viralizaram nas redes sociais imagens de cédulas onde vários cidadãos escreveram o nome de Mohamed Salah, ignorando os dois candidatos principais, incluindo o atual presidente Abdel Fatah Al-Sisi.
“Ele é um herói. Começou do zero e hoje é um grande exemplo para todos”, destaca Peter Halabi, outro torcedor egípcio que veio acompanhar a equipe na Rússia. “Com Salah, o céu é o limite para o Egito”, reforça Hendi.
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