Pela primeira vez desde 1990, a seleção inglesa está em uma fase semifinal da Copa do Mundo.
O desempenho da equipe na Rússia empolgou os torcedores, que sonham em comemorar o segundo título mundial e até já cantam “Football is coming home” – o futebol está voltando para casa.
Os inventores do futebol só levantaram a taça em 1966, justamente em casa, mas grande parte dos torcedores nem sequer era nascida na época.
O hiato sem conquistas levanta uma questão: por que os britânicos não jogam como uma seleção única, defendendo o Reino Unido ?
A seleção seria mais forte e, quem sabe, teria ainda mais relevância no cenário mundial.
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A resposta tem tudo a ver com tradição. Ao contrário dos Jogos Olímpicos, onde os países que hoje formam o Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) defendem a mesma bandeira, no futebol cada país tem sua confederação de futebol.
A Football Association, entidade que controla o esporte na Inglaterra, por exemplo, foi fundada em 1863 – 41 anos antes da Fifa. E a grande rivalidade entre os países, que tinham bastante influência sobre a Fifa, os manteve separados em jogos internacionais.
Na Olimpíada de 2012, em Londres, o Reino Unido participou do torneio de futebol. O elenco foi formado por 13 ingleses e cinco galeses, entre eles a lenda do Manchester United Ryan Giggs, que nunca jogou uma Copa por Gales.
Atualmente, o atacante do Real Madrid Gareth Bale, também nascido no País de Gales, certamente seria o principal reforço de um utópico time da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte em terras russas.
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