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Brasil e Argentina, um dos maiores clássicos entre seleções do futebol mundial, dividem uma rivalidade histórica, que começou com um amistoso em 1914, em Buenos Aires, e terá seu próximo capítulo no Mineirão, nesta quinta-feira (10), 21h45, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018.

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Os dois países são também famosos por seus muitos craques que, ao longo da história, marcaram época tanto em seus esquadrões nacionais quanto em grandes potências mundiais. Nomes como Pelé, Garrincha, Maradona, Di Stéfano, e os hoje mais em voga, Messi e Neymar, são apenas alguns da rica história de talentos das duas nações sul-americanas.

TABELA: Veja como está a classificação das Eliminatórias

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Apesar de alguns dissabores e episódios polêmicos com os vizinhos portenhos, como a famosa partida na Copa de 1978 que ficou conhecida como a ‘Batalha de Rosário’ ou a eliminação da Copa de 1990 com gol de Cannigia no episódio da água batizada dada ao lateral brasileiro Branco, ao longo da história o time nacional acumula um retrospecto positivo na rivalidade centenária entre as duas seleções.

Foram 101 partidas, com 40 triunfos brasileiros contra 36 dos rivais e outros 25 empates. Os gols também favorecem o lado brasileiro da rivalidade, com 156 anotados e 154 sofridos.

Porém, dentro deste retrospecto equilibrado, em algumas oportunidades a seleção brasileira brilhou sobre seus grandes rivais. Confira cinco partidas históricas da rivalidade, dignas de comemoração pelos brasileiros.

15/07/2007 – Brasil 3 x 0 Argentina

Final da Copa América (Maracaibo, Venezuela)

 
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Com grande atuação do meia Júlio Baptista, o time brasileiro, que contava apenas com Robinho como grande destaque e tinha um time recheado por jovens, sem as grandes estrelas Ronaldo, Kaká e Ronaldinho, atropelou a então favorita Argentina, que contava com um meio de campo formado por Veron e Riquelme e tinha a dupla Messi e Tévez no comando de ataque. O Brasil, comandado pelo técnico Dunga, fez uma partida estratégica, se resguardando na defesa e aguardando as oportunidades de contra-atacar. O esquema armado pelo Brasil funcionou e Júlio Baptista aproveitou a primeira oportunidade para abrir o placar com 4 minutos de partida. O gol brasileiro abriu ainda mais o time argentino e os outros dois gols saíram no contra-ataque, primeiro com o zagueiro Ayala, que jogou contra o próprio gol, no final da primeira etapa, e depois com o lateral Daniel Alves, já aproveitando o desespero do adversário, com pouco mais de 20 minutos para o fim do jogo.

29/06/2005 – Argentina 1 x 4 Brasil

Final da Copa das Confederações (Frankfurt, Alemanha)

 

Impulsionado por seu quarteto ofensivo, formado por Adriano, Kaká, Robinho e Ronaldinho, o Brasil de Carlos Alberto Parreira não deu chances à Argentina no torneio de preparação para a Copa do Mundo da Alemanha, de 2006. O time brasileiro, que na época era laureado como o melhor do mundo, teve vida fácil diante dos comandados de José Pekerman, que lançou seu time à frente e facilitou a vida brasileira na goleada. Adriano marcou duas vezes, o primeiro e o último gols brasileiros, Kaká anotou o segundo e Ronaldinho o terceiro. Aimar descontou já com o jogo na reta final e o Brasil faturou seu segundo título da competição.

12/07/1989 – Argentina 0 x 2 Brasil

1º jogo da fase final da Copa América (Rio de Janeiro, Brasil)
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Com um gol de voleio do atacante Bebeto e outro de oportunismo do atacante Romário, aproveitando erro da zaga adversária, o Brasil começou a consolidar a dupla de ataque que levaria o país ao tetracampeonato mundial, cinco anos depois. A partida abriu a participação brasileira na fase final da última Copa América disputada em solo nacional, e o time canarinho embalou depois de vencer os rivais argentinos, conquistando outras duas vitórias, sobre Paraguai e Uruguai, para conquistar a taça de maneira invicta.

02/07/1982 – Argentina 1 x 3 Brasil

1º jogo da 2ª fase da Copa do Mundo (Barcelona, Espanha)

 

A Seleção de 82 de Telê Santana ainda vive no imaginário do torcedor brasileiro mais antigo e seu último capítulo de glória naquele mundial foi justamente contra os Hermanos, já que a’Tragédia do Sarriá’, na partida seguinte, marcaria a eliminação brasileira. Na abertura da segunda fase da Copa, a tabela reservou um Brasil e Argentina e o time canarinho, comandado por Falcão, Sócrates e Zico, não deu chances para a até então campeã mundial Argentina, que quatro anos antes tinha conquistado a taça em casa. Mesmo enfrentando um time formado por grandes nomes, como o goleiro Fillol, o zagueiro Daniel Passarella, os atacantes Mario Kempes e Maradona, o Brasil não tomou conhecimento do rival, fez um de seus melhores jogos no torneio e ainda aproveitou para tripudiar sobre o adversário, com a famosa cena da comemoração do lateral Júnior sambando na lateral de campo após marcar o terceiro gol brasileiro.

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20/12/1945 – Brasil 6 x 2 Argentina

Copa Roca (Rio de Janeiro, Brasil)

A maior goleada brasileira na história dos confrontos veio em uma edição da Copa Roca, batizada em homenagem a Julio Argentino Roca, ex-presidente da Argentina e idealizador do confronto. O torneio teve 15 edições, começou em 1914, foi interrompido em 1977 e voltou a ser disputado há alguns anos, com o nome de Superclássico das Américas. No ano em que a Segunda Guerra Mundial terminou, a Argentina era considerada uma das nações de ponta do mundo, com o auge do Peronismo, e o time em campo fazia jus à animação portenha, havia vencido os últimos dois campeonatos sul-americanos, arrasando os adversários que cruzavam seu caminho. Porém, os jogos finais da Copa Roca pegaram os argentinos de surpresa pela maior goleada brasileira da história do confronto. Na segunda partida do torneio, disputada em São Januário, estádio do Vasco, sob o comando de Ademir Menezes, Heleno de Freitas e Leônidas da Silva, o Brasil não tomou conhecimento da seleção rival e aplicou o 6 a 2, com dois gols de Ademir, um de Leônidas e um de Heleno. Os outros tentos brasileiros foram anotados por Zizinho e Chico, e a Argentina descontou com Pedernera e Rinaldo Martino. O título daquele ano iniciou uma hegemonia de 18 anos de conquistas seguidas brasileiras sobre os Argentinos, que só foi quebrada em 1963.