Sem braçadeira fixa, Marcelo vira líder do Brasil e tenta “domar” Neymar

Tite decidiu não eleger um capitão fixo para a seleção brasileira na Copa do Mundo 2018. O rodízio da braçadeira é uma tentativa do técnico de dividir a responsabilidade e mobilizar todos os jogadores. Entretanto, Marcelo, ao natural, surge como o principal líder do grupo na Rússia.

O lateral-esquerdo, multicampeão com o Real Madrid, foi o escolhido para vestir a braçadeira na estreia do Mundial, empate por 1 a 1, com a Suíça. Para o jogo seguinte, vitória sobre a Costa Rica (2 a 0), o zagueiro Thiago Silva recebeu a honraria. Tite ainda não divulgou quem será o capitão oficial diante da Sérvia, na quarta-feira (27).

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“Eu sou segundo capitão do Real Madrid desde 26 anos. Eu gosto, uma parte da liderança que eu posso passar para o grupo. Todo mundo contribui com algo, e eu sinto à vontade de contribuir com experiência. Estou representando o meu país”, comentou Marcelo, quando indicado para a função.

Aos 30 anos, o atleta recuperou rapidamente com Tite o prestígio que viu arranhado com Dunga, quando ficou ausente de algumas convocações no pós-7 a 1. Tem cadeira cativa na lateral-esquerda, ascendência sobre os companheiros e, principalmente, é capaz de “domar” a estrela da companhia: Neymar .

No triunfo dramático sobre a Costa Rica o lateral mostrou esse poder. Ao final do jogo, quando Neymar chorava no gramado, Marcelo chegou para “desfazer” a comoção: “Parou, parou, ‘vambora’”, gritou. O camisa 6 também foi flagrado puxando pelo braço o atacante, quando este ainda reclamava com o árbitro no túnel dos vestiários.

A personalidade para representar a equipe o jogador mostra também no contato com a imprensa. Tanto nas coletivas, quanto na zona mista, Marcelo costuma “não alivia” para nenhuma pergunta. Costuma ser franco e, comumente, não foge de polêmicas. Mesmo com companheiros de seleção.

Foi assim quando discordou, publicamente, de Roberto Firmino. Jogador do Liverpool, o atacante chamou de “idiota” Sergio Ramos, colega de Marcelo no Real Madrid, por causa do lance que tirou Salah da final da Liga dos Campeões entre os dois clubes. “Tem que haver um respeito pelo colega de profissão”, declarou Marcelo.

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