| Foto: Vanderlei Almeida/AFP

A seleção brasileira não vai ter mesmo mudanças para o jogo desta terça-feira contra a Colômbia, na Arena Amazônia, em Manaus, pela oitava rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Além da boa atuação na vitória por 3 a 0 sobre o Equador, a busca pela evolução contribuiu para que a equipe fosse mantida. A exigência de crescimento é do técnico Tite.

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“O grande desafio para amanhã [terça-feira], e eu falei isso para os atletas, é manter um padrão de atuação. Daí para melhor”, disse o treinador nesta segunda-feira, em entrevista na Arena Amazônia, local da partida contra os colombianos.

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No entanto, ele faz um alerta: sabe que o público espera um resultado igual ao obtido contra os equatorianos, mas lembra que no futebol não é assim que as coisas acontecem. “A expectativa de um público achando que deve ter o melhor, um resultado igual ao do Equador, e não é assim. Temos de compreender. Não éramos tão ruins antes e não sou mágico, eu não fiz nada”.

Capitão Daniel Alves

O lateral-direito Daniel Alves será o capitão da seleção brasileira na partida desta terça-feira contra a Colômbia. A escolha confirma a decisão do técnico Tite de promover um rodízio no posto. No jogo contra o Equador, na última quinta, o capitão foi o zagueiro Miranda. Daniel Alves recebeu com naturalidade a indicação. “Acredito que não tenho mais responsabilidade agora do que antes”, disse nesta segunda-feira. “Temos vários capitães na seleção brasileira”. Ele mesmo já ocupou o posto em algumas ocasiões, quando Dunga era o treinador. Um dos motivos da escolha para esse jogo é a influência de Daniel Alves sobre Neymar, em uma noite em que há risco de o atacante ser muito provocado pelos colombianos. O lateral-direito da Juventus fará nesta terça-feira o seu 96.º jogo pela seleção brasileira. Ele deve continuar o revezamento nos jogos da seleção em outubro, contra Bolívia e Venezuela. Renato Augusto é um dos cotados. Logo após a Olimpíada do Rio, Neymar disse a Tite que não queria mais ser capitão.

Dentro desse contexto de evolução contínua, porém, Tite enfatiza a necessidade de aprimoramento do que está sendo feito. Por isso, também não pretende alterar a maneira de o time jogar, o 4-1-4-1. “Temos uma forma de jogar, certa ou errada, mas pouco de ligação direta e muito de organização e triangulação. Haverá momentos em que estaremos atacando e a bola vai voltar, rodar. Estaremos tentando achar uma forma melhor de chegar ao gol, então que o torcedor nos ajude. Futebol é um jogo de cabeça, é pensado, o físico responde à capacidade de concentração”.

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Tite já agradece antecipadamente o apoio da torcida, mas tem consciência de que a seleção terá que repetir a determinação e a dedicação tática apresentadas em Quito, até para não ser surpreendida por um rival que ele considera de grande qualidade e um time bastante equilibrado. “Que a torcida passe o carinho e faça sua parte como está fazendo e nós tenhamos nível de concentração alto porque desempenho em campo vai deixar a torcida feliz. Se não houver competitividade leal forte, podemos diminuir o jogo que fizemos e nos frustrarmos. Tenho consciência disso”.

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Para Tite, Neymar saberá suportar possível provocação e até a violência dos colombianos, se vier a ocorrer como em partidas anteriores entre as duas seleções. Ele diz que isso é possível desde que o jogador mantenha o foco no objetivo: ““Foco e passado. Foco no desempenho, nosso trabalho é respeitar a Colômbia, que tem qualidade. E tem arbitragem para fazer isso, ela coíbe, e não nós. Do outro lado há profissionais e um técnico da grandeza que nós temos. Futebol é da disputa do melhor: competir leal, marcar, sem abrir mão do talento que é nossa essência”.

Brasil e Colômbia se enfrentam às 21h45 (de Brasília) desta terça-feira.