Despedida
Sem convicção, Paulinho diz que fica no Brasil
"Fica, Paulinho", "fica, Paulinho". Enquanto o volante corintiano dava entrevistas, ainda no gramado, a torcida comemorava o título e pedia a sua permanência. Emocionado, ele agradeceu e disse, sem muita convicção: "Este não é um adeus".
Continuou em seguida. "Pela eliminação da Libertadores, muita gente colocou que o Paulinho ia embora, mas não é nada disso. Continuo no Corinthians", disse.
Ralf, parceiro de meio de campo nesses três últimos anos, foi sincero: "É difícil ele ficar, mas será merecido [jogar na Europa] pelo trabalho dele".
Três clubes europeus querem Paulinho: a favorita Internazionale, o Shakhtar Donetsk e o Monaco. Esta semana será decisiva. Sua multa rescisória é de 20 milhões de euros (R$ 50 milhões).
Agência Estado
O Corinthians mostrou toda sua experiência, soube se beneficiar da vantagem obtida no primeiro jogo e conquistou, ontem, o seu 27.º título paulista. O empate por 1 a 1 diante do Santos, na Vila Belmiro, foi suficiente para os corintianos, que haviam vencido por 2 a 1 na ida, no Pacaembu. De quebra, impediu que o rival conquistasse o inédito tetracampeonato estadual.
O título paulista era o que faltava na vitoriosa passagem de Tite no Corinthians, já consagrada com as conquistas do Brasileiro, em 2011, e da Libertadores e do Mundial de Clubes, ambos no ano passado. Esta pode ter sido a última partida de um dos pilares desse time, o volante Paulinho, que estaria de saída para a Europa.
"Depois do reconhecimento e do apoio que eles [torcida] nos deram na quarta-feira [aplaudindo o time, mesmo eliminado da Libertadores pelo Boca Juniors], o mínimo que podíamos fazer era ter um desempenho parecido. Jogou muito, jogou muito e mereceu o título. O mínimo que poderíamos fazer era dar a alma", afirmou o treinador.
Obrigado a vencer por um gol para levar a decisão para os pênaltis ou por a partir de dois para ser campeão direto , o Santos esteve perto desse objetivo por apenas três minutos no primeiro tempo. Aos 26, fez 1 a 0 com Cícero. Aos 28, tomou o empate em gol de Danilo. O jogo, então, seguiu um ritmo único: pressão inútil dos santistas versus contra-ataques perigosos do Corinthians, sem gol de lado algum.
"No primeiro tempo tivemos volume de jogo, mas depois virou pelada, com todo mundo indo para a frente", resumiu o técnico do Santos, Muricy Ramalho.
Brigas
A decisão paulista foi marcado por distúrbios envolvendo as torcidas antes e durante a partida. Cerca de uma hora antes do início do jogo, santistas e policiais entraram em confronto fora da Vila Belmiro, por causa de uma bandeira da Gaviões da Fiel, principal organizada do Corinthians, roubada por torcedores do Peixe, que se preparavam para atear fogo no material. A confusão se estendeu por cerca de meia hora porque alguns torcedores, não dispostos a recuar, partiram para a briga. O ambiente só ficou tranquilo quando chegou reforço policial.
Quase no fim do jogo, a torcida do Corinthians usou sinalizadores para dar início à comemoração do título e provocar os rivais alguns deles foram atirados no gramado e pararam o duelo por quase três minutos.
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