O julgamento do presidente do Corinthians, Andrés Sanches, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) foi marcado para segunda-feira, dia 12 de novembro. Denunciado no artigo 238 do CBJD, por, segundo a procuradoria do tribunal, ter participado da formação do time corintiano de 2005 (que segundo o Ministério Público Federal foi montado com dinheiro ilícito), Sanches pode ser suspenso do futebol por até quatro anos. Ele não deixaria a presidência do clube, mas não poderia assinar documentos referentes ao futebol do Timão.
O auditor Henrique Domenicci foi nomeado relator do processo. O julgamento terá início às 18h e, além de Andrés Sanches, serão julgados o ex-presidente Alberto Dualib e o ex-vice-presidente Nesi Curi, no mesmo artigo e pelo mesmo motivo. Ambos, porém, já estão afastados do futebol. O Corinthians foi denunciado no artigo 233 (por ter tido vantagem desportiva) e pode ser multado em até R$ 10 mil. O julgamento também ocorre nesta segunda-feira.
A investigação no STJD começou depois de o ex-presidente Alberto Dualib ter sido flagrado em escutas telefônicas, feitas pela Polícia Federal com autorização judicial, conversando com o empresário Renato Duprat, seu então braço-direito. Dualib, que estava em atrito com o parceiro MSI, reclamava que o time só foi campeão em 2005 por causa da anulação de 11 jogos (por causa da Máfia do Apito) e que o título tinha sido "roubado". O vice-campeão foi o Internacional, que reclamou desta declaração.
O auditor Alexandre Quadros foi designado para investigar e entendeu que é impossível tirar o título do Timão. Mas pode haver punição aos dirigentes e uma multa ao clube. A defesa de Andrés Sanches vai alegar que ele não foi denunciado na Justiça Comum, ao contrário de Dualib e Curi, e, por isso, sua participação na montagem daquele time foi nula. Dualib e Curi foram denunciados pela Justiça Federal por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.