O Corinthians comunicou nesta quarta-feira (29) a redução dos salários e das jornadas de trabalho dos seus funcionários. A decisão foi anunciada a colaboradores, diretores e gestores em circular, depois sendo confirmada através de nota oficial. O corte nos vencimentos é de 70%. A medida começa a valer em maio.
Por enquanto, os jogadores profissionais e das divisões de base não passaram por redução salariais. De acordo com o Corinthians, porém, isso poderá ocorrer após o término do período de férias, que chegam ao fim no dia 30. Uma reunião deve definir essa situação.
"O clube aguarda o retorno dos atletas do período de férias para definir como o elenco profissional do futebol irá contribuir para a mitigação dos efeitos econômicos da crise e o Departamento de Futebol irá se manifestar após reunião com os atletas", afirmou o clube em comunicado oficial.
Para reduzir os salários dos funcionários, o Corinthians vai utilizar a Medida Provisória 936, editada pelo governo federal para minimizar os efeitos da pandemia do coronavírus. A legislação permite que os vencimentos sejam parcialmente cortados, com o governo pagando auxílio proporcional ao valor do seguro-desemprego. De acordo com o clube, a medida foi adotada para evitar demissões.
"O Sport Club Corinthians Paulista informa que adotou uma série de medidas de redução proporcional de jornada de trabalho e salário com base na Medida Provisória Nº 936, de 1º de abril de 2020. A iniciativa aplica-se a todos os funcionários do clube e visa manter o emprego dos colaboradores durante o período de crise ocasionado pela pandemia da covid-19", anunciou o Corinthians.
Bahia
O Bahia segue tomando medidas para amenizar os efeitos provocados pela pandemia do novo coronavírus. O presidente Guilherme Bellitan confirmou que jogadores, comissão técnica e diretoria tiveram redução salarial de 25% até a volta dos jogos
"Os atletas, comissão técnica e diretoria tiveram salário reduzido em 25%, já fechamos esse acordo com eles, que foram muito parceiros do clube. A gente só vai voltar a pagar o salário integral quando os jogos voltarem", disse o dirigente, em entrevista à Rádio Metrópole.
Guilherme também revelou que ele mesmo foi afetado pelo corte, abrindo mão de seu salário de forma integral. O objetivo é de que os funcionários do clube não sejam afetados. "Não receberei meu salário porque entendo que a prioridade é pagar os salários dos funcionários do clube, dos atletas e obrigações básicas do Bahia. Eu não receberei o salário até o fim da pandemia", concluiu.
Na terça-feira, a CBF se reuniu com federações estaduais e indicou aceitar a liberação da volta aos treinos, desde que com autorização dos governos locais.
O Campeonato Baiano foi paralisado ao fim da sétima rodada, em 15 de março. Restando apenas uma jornada para o fim da primeira fase, o Bahia é o único classificado às semifinais, liderando de forma invicta com 15 pontos.
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