Corinthians e Palmeiras reviveram ontem os melhores momentos do Pacaembu. Dez anos depois da última vez que se encontraram no estádio, os arquirrivais fizeram um dérbi tão tenso quanto grandioso, com bola na rede, expulsões e quebra de tabu. Com heróis e vilões.
Jorge Henrique fez o gol que permitiu ao Corinthians, com o 1 a 0, voltar a comemorar vitória sobre o tradicional adversário após sete jogos e que durava desde outubro de 2006. Felipe fechou o gol. Mas Roberto Carlos foi expulso pelo árbitro Wilson Luiz Seneme logo no início por causa de um carrinho intempestivo. E o frágil Palmeiras, mesmo com um homem a mais, não soube reagir, para desespero de Muricy Ramalho.
O clássico seria decidido aos 6 minutos por meio de uma cabeçada certeira de um baixinho, atrevido que nem Romário: Jorge Henrique. Tudo aconteceu rapidamente, com a intensidade dos grandes embates. Tcheco cobrou falta sobre a área palmeirense. Às costas da marcação feita por Edinho, Jorge Henrique subiu para fazer o único gol do jogo.
Enquanto todos ainda se perguntavam como funcionaria o ataque corintiano sem Ronaldo, o jogador de menor estatura do elenco se transformou num dos maiores. E ainda voltou a se desdobrar para suprir a inesperada ausência daquele de quem se esperava ser o protagonista do jogo.
Pro chuveiro
Roberto Carlos, em seu reencontro com o time que o projetou para o mundo, seria expulso aos 8 minutos por dar um carrinho por trás em João Arthur. A vontade de mostrar raça e aplicação se sobrepôs à prudência. "Eu estou tranquilo. O que não pode é isso: o juiz estragar o clássico", reclamou o lateral, sobre.
À frente no placar e com um a menos em campo, o Corinthians recuou. Ao Palmeiras restava acuar o rival. Antes de meia hora de jogo, Muricy sacou o zagueiro Gualberto e colocou o atacante Daniel. Puxou Edinho para compor a defesa e ganhou mais agressividade. Em três minutos, o alviverde chegou duas vezes na cara de Felipe.
Receoso de também perder um jogador, o técnico palmeirense trocou Armero, que havia recebido o amarelo, por Wendell. Aborrecido, o colombiano sentou-se no banco e chorou. "Achei precipitada (a advertência). A falta que cometi não foi para cartão", declarou.
Armero não levou em consideração que o técnico rival, Mano Menezes, passou a pressionar a arbitragem por sua expulsão. Muricy, sim, se deu conta. E levou adiante o plano de sufocar o Corinthians.
Só o Palmeiras atacava. Marcos limitava-se a assistir ao assédio constante ao gol adversário. O Corinthians entrincheirou-se em sua metade de campo. A aplicação tática sempre foi e continua a ser o ponto alto do alvinegro.
A 15 minutos do fim do jogo, o Palmeiras seguia a dominar as ações. Mantinha o rival sitiado. Cleiton Xavier, em cobrança frontal de falta, Robert, em chute rasante, e William, que substituíra João Arthur, estiveram perto de igualar a contagem. Elástico, Felipe defendeu as finalizações dos dois primeiros; a terceira, coube a Ralf salvar quase em cima da linha. O bombardeio prosseguiu com um tirambaço de Danilo, mas o goleiro corintiano estava irrepreensível.
O Palmeiras, que desde o começo acusou a ausência de Diego Souza, ainda ficou sem Cleiton Xavier, expulso. E perdeu de vez a esperança de evitar a festa do rival.
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