O torcedor do Corinthians viveu um domingo (27) tipicamente de Corinthians. Por alguns minutos, em duas ocasiões, o clube estava comemorando a conquista antecipada do título do Campeonato Brasileiro com a vitória sobre o Figueirense por 1 a 0, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, pela 37.ª penúltima rodada. Para festejar, era necessário que o Vasco não derrotasse o Fluminense, mas foi isso o que exatamente aconteceu no clássico carioca disputado no Engenhão.
No momento que fez o gol, aos 22 minutos do segundo tempo com Liedson, o Corinthians estava chegando aos 70 pontos, contra 66 do Vasco, que apenas empatava sem gols. Treze minutos depois, o time de São Januário fez o primeiro gol, com Alecsandro, e a decisão ficava adiada naquele momento. Mas o sobe e desce de emoções ainda não havia acabado e o gol de empate do Fluminense, aos 38 minutos, reacendeu a esperança de comemoração corintiana, que se aproximou com o final do jogo em Florianópolis.
Reunidos no meio do campo, os jogadores do Corinthians se juntaram para acompanhar os últimos minutos do clássico carioca e receberam um balde de água fria com a informação do gol de Bernardo para o Vasco, aos 45 minutos, que adiou de vez a possibilidade de título antecipado. Então, todos foram para o vestiário já pensando no duelo contra o Palmeiras, no próximo domingo, no Pacaembu, em que um empate - ou derrota, desde que o Vasco, que chegou aos 68 pontos, não ganhe do Flamengo - garantirá a conquista do penta brasileiro.
Para o Figueirense, ficou o gosto amargo da derrota e da saída da zona de classificação à próxima edição da Copa Libertadores. Com 57 pontos, o time catarinense caiu da quinta para a sétima colocação e agora precisa vencer o clássico contra o Avaí, no estádio rival, e torcer por dois tropeços de três adversários que estão à sua frente na tabela de classificação - Flamengo, Coritiba e Internacional.
O JOGO - Como uma verdadeira decisão, o primeiro tempo não foi muito agradável de se ver. O Figueirense teve mais posse de bola e o Corinthians tentava acertar algum contra-ataque ou alguma bola área que passasse pela cabeça de Danilo perto da área. O número de faltas foi alto - 25, sendo 15 do time da casa - e, por sorte, o árbitro só mostrou dois cartões amarelos (um para cada lado).
De bom nos primeiros 45 minutos, um lance de perigo para cada equipe. O Figueirense mandou uma bola na trave esquerda do gol do Corinthians em uma falta cobrada pelo atacante Júlio César, aos 27. Para os paulistas, o zagueiro Paulo André subiu mais alto que a zaga catarinense, após um escanteio da direita, mas a bola passou por cima da meta defendida por Wilson.
Na segunda etapa, a partida melhorou, e muito. Com Alex no lugar de Willian, o Corinthians começou a prender mais a bola no campo de ataque e a levar perigo. Logo aos três minutos, Leandro Castán teve uma chance após escanteio. Aos 9, Paulinho recebeu na entrada da área, deu um bonito drible e chutou forte por cima do gol.
Do mesmo modo que o Corinthians, o Figueirense foi para o ataque pois precisava da vitória para seguir vivo na luta por uma vaga na Copa Libertadores. Aos 13 minutos, o lance de maior perigo ao gol corintiano saiu em um chute da intermediária dada pelo atacante Wellington Nem, que passou raspando a trave esquerda de Júlio César.
Com o contra-ataque à disposição, o Corinthians soube ter calma e fez o gol da vitória. Aos 22 minutos, Alex recebeu na intermediária, avançou em direção à ponta esquerda passando por dois adversários e cruzou na cabeça de Liedson, que livre na pequena área colocou a bola no canto esquerdo baixo de Wilson.
Depois disso, foi um alto e baixo de emoções. Com o gol, foram 13 minutos de comemoração da proximidade do título por causa do empate sem gols no clássico carioca. Aí o Vasco fez 1 a 0, para tristeza corintiana, que virou alegria novamente com o empate do Fluminense sete minutos depois. Em campo, o máximo que aconteceu foi uma tentativa de chute de Wellington Nem, que Jorge Henrique salvou.
Com o fim do jogo em Florianópolis, os jogadores do Corinthians se reuniram no meio do gramado e ficaram esperando o final do clássico no Engenhão. No entanto, pouco tempo depois veio a informação do gol de Bernardo para o Vasco e o negócio para os corintianos foi já pensar no duelo decisivo contra o Palmeiras.
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