Com a entrada de Anderson Aquino o Coritiba cresceu e chegou a mandar uma bola na trave, mas o empare não veio| Foto:

Diário da final

Surpresa

Logo depois de o Coritiba chegar ao hotel em Araraquara, no sá­­bado, um visitante inusitado foi ao encontro da delegação alvi­­ver­­de: José Aníbal Petraglia, ir­­mão do ex-presidente do arquirrival Atlético, Mário Celso Petraglia, queria informações sobre o jogo.

Surpresa 2

O Petraglia que vive no interior paulista queria saber por qual portão seria a entrada dos tor­­cedores do Coritiba no Estádio Fonte Luminosa. O supervisor de futebol Paulinho Alves, então, per­­guntou: Mas a família Petra­­glia normalmente não é de atleticanos?

Resposta

De bate pronto, veio a réplica do ex-comandante do Exército. "A família toda é coxa-branca, me­­nos meu irmão", disse ele. On­­tem pela manhã, o "coman­­dan­­te" Petraglia foi visto conver­­san­­do com o presidente Jair Cirino no saguão do hotel.

Camisa

Não à toa o Corinthians escolheu Araraquara para estrear seu terceiro uniforme, de cor grená, em homenagem ao Torino, da Itália. A camisa tem a mesma tonalidade do time local, a Ferroviária, que está na Série A-2 do Paulistão.

Invasão

Considerados a maior torcida de Araraquara, os corintianos inva­­diram a cidade para assistir ao jogo de ontem. Bares e restau­­rantes da cidade estavam cheios de camisas alvinegras. Segundo os moradores locais, até flane­­li­­nhas e camelôs vieram da ca­­pi­­tal para aprovei­­tar o mo­­vi­­men­­to nos arredores do Estádio Fonte Luminosa.

Curiosidade

Reaberta em 2009 após passar por dois anos de reforma, Fonte Luminosa tem esse no­­me por causa do bairro onde está. E realmente há uma fonte iluminada no Depar­­ta­­mento de Água e Esgoto da cidade, na região. O nome original do estádio é Ademar Pereira de Barros.

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Veja a ficha técnica de Corinthians 2x1 Coritiba
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Araraquara - Vasco, Vasco e, mais uma vez, Vasco. Não há outra possibilidade para o Coritiba a não ser pensar e vivenciar por três vezes seguidas e com concentração total o adversário da final da Copa do Brasil. Entre as duas partidas que valem a temporada, nas próximas duas quartas-feiras, o Alviverde recebe a equipe carioca no domingo, pelo Brasileirão. Após perder para o Corinthians ontem e acumular o segundo revés em duas rodadas no Nacional, todos já sabem exaustivamente como se comportar a partir de agora.

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"Temos de esquecer o Brasileirão e ir para São Januário fazer um bom resultado", apontou o atacante Leonardo. "Precisamos buscar um ótimo ou um bom resultado para decidirmos em casa", concordou o técnico Marcelo Oliveira, que voltará a escalar os titulares, poupados para a primeira parte da decisão, no Rio de Janeiro.

Se tivesse vencido o Atlético-GO em casa na estreia, como estava no planejamento alviverde, sair com uma derrota da Fonte Luminosa não seria tão prejudicial. Afinal, como o próprio técnico disse, os resultados do Brasileirão podem ser recuperados. Já a Copa do Brasil é uma oportunidade única para entrar na história do clube.

"Agora a gente muda totalmente o foco. É hora de concentração, canalizar energia para essa final, que é um momento único", argumentou Oliveira. "Vamos criar uma estratégia sabendo que temos dois jogos. Vamos fortes, por isso criamos esse planejamento [de permanecer em Araraquara para treinar]. Vamos descansar, nos alimentar bem, e estudar o adversário. Temos muitas possibilidades, tanto no Couto quanto no Rio", emendou.

Para a decisão, Oliveira espera os retornos do volante titular Leandro Donizete e de seu reserva imediato, Willian, que não se recuperou de uma torção no tornozelo em tempo hábil para enfrentar o Timão. Donizete, natural de Araraquara, nem sequer viajou para sua cidade natal porque sentiu uma lesão na panturrilha. Se não puder contar com ambos, o que seria improvável, o treinador teria de criar uma nova alternativa.

Com ou sem desfalques, uma carta na manga pode ser o diferencial para bater o Vasco. "Tem muita coisa que podemos agregar. A comissão está atenta aos detalhes", completou o treinador, deixando no ar a possibilidade de surpresas.

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Invasão

Nos acréscimos da partida, a nota triste do duelo entre Corinthians e Coritiba na Arena Fonte Luminosa. O cronômetro marcava 47 minutos do segundo tempo quando três "torcedores" saíram das cadeiras e pularam o muro que separa o gramado das arquibancadas. Com camisas do Alvinegro nas mãos, eles queriam que o meia Jorge Henrique, que se preparava para cobrar um escanteio, a vestisse. O policiamento agiu rápido e imobilizou os invasores sem eles oferecerem resistência. Algemados e vaiados, os três foram levados do estádio.

* O repórter e o fotógrafo Albari Rosa acompanham o Coritiba na viagem entre Curitiba, Araraquara e Rio de Janeiro, onde o time começa a decidir a Copa do Brasil contra o Vasco, na quarta-feira.