Se quiser contratar um jogador a mais que seja, o Coritiba dispensará, negociará ou colocará no time sub-23 outro atleta do elenco. Quem garante isso é o novo diretor técnico do clube, Maurício Andrade, que substituiu João Paulo Medina há cerca de um mês.

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Essa necessidade de substituição tem a ver com o projeto da nova gestão, que garante que o elenco profissional não ultrapasse os 36 jogadores, sendo um terço de pratas da casa. Com a chegada de Lúcio Flávio, o grupo alcançou o número máximo, com cinco goleiros, seis zagueiros, cinco laterais, seis volantes, cinco meias e nove atacantes.

“Nós temos um compromisso que precisa ser mantido. Para cada entrada nós temos uma saída. É assim que estamos planejados e que estamos dando continuidade”, garante Andrade.

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O diretor coxa-branca fez questão de afirmar que, mesmo com a saída de Medina, o projeto iniciado por ele continua sendo implementado como planejado. “A partir do momento que assumimos, não pela troca e sim pelo cronograma do projeto, começamos a implementar perto de 53 projetos entre a categoria sub-11 e a equipe profissional”, conta, admitindo que, mesmo à distância, Medina vem ajudando quando solicitado, de forma gratuita, como prometeu ao presidente Rogério Bacellar.

A dúvida sobre a continuidade da proposta feita em 2014 se deve aos últimos acontecimentos. Primeiro, a ideia era fazer contratações pontuais. Desde o começo do ano, 18 jogadores já desembarcaram no Alto da Glória. Depois, a intenção era continuar por um longo período com Marquinhos Santos, tanto que foi feito um contrato de dois anos com ele. Durou seis meses.

Quanto ao excesso de contratações, Andrade justificou que dentro do projeto há previsões de novas ações caso as primeiras não derem certo. Em relação ao técnico, o diretor argumenta que Ney Franco tem o mesmo perfil de Marquinhos Santos, o que garante a continuação do que estava previsto.

“Nós estamos em um processo de alteração de cultura dentro do clube, onde em alguns aspectos nós conseguimos implementar, outros ainda não. Mas nós tínhamos, para cada um dos pontos que de alguma maneira não dessem certo, um plano de contingência para continuar a execução do que tínhamos planejado”, explicou.

Andrade ainda contou que, com a saída de Medina, participa de um comitê de contratações dentro do clube, onde as decisões de quem virá são decididas em conjunto com o vice-presidente de futebol, Ernesto Pedroso, e o superintendente de futebol, Mario André Mazzuco.

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“Tudo sempre é discutido, avaliada a questão financeira do clube, para ver se existe dentro da instituição uma condição de continuidade de pagamentos, algo que colocamos como prioritário para a execução desse projeto”, afirmou.