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Alexandre Lopes e Ney Franco: decisão é tomada por um “colegiado” | Antonio More/Gazeta do Povo
Alexandre Lopes e Ney Franco: decisão é tomada por um “colegiado”| Foto: Antonio More/Gazeta do Povo

Eram 46 minutos do segundo tempo quando Rafinha partiu da intermediária em velocidade, deu uma meia-lua no marcador e rolou para Marcos Aurélio fa­­zer o quinto gol contra o Amé­­rica-RN. Isso na 28.ª rodada da competição. A força física acima da média em um ano marcado pelo exílio é reflexo do sucesso do planejamento feito pelo recém-criado Departa­mento de Desempenho Físico.

No início da temporada, o Coxa definiu a criação do departamento, coordenado por Gly­diston Ananias. Dez meses depois, colhe a iminência do acesso e a indicação de alguns membros para a seleção brasileira, junto com o técnico Ney Franco. É o caso do preparador físico Alexandre Lopes, por exem­­plo. O departamento ainda conta com o fisiologista Raul Osiecki, a nutricionista Mar­­gareth D’Albuquerque e os auxiliares de preparação física Vitor Nemetz e Vanderlei Carvalho.

"Estamos tentando condicionar os atletas para que tenham o menor número de lesões. In­­tensificamos a prevenção", conta Ananias. Parece simples, mas não é: com o exílio em Joinville, tudo teve de ser pensado nos mínimos detalhes. "Permane­cíamos no hotel para acelerar a recuperação. Focamos na alimentação, suplementação e no descanso", segue. Os atletas apro­­­varam a ideia, mas, de­­pois de dez jogos, sentiram a estafa de quem nunca estava em casa.

"Conversamos muito com o Ney naquela época. A gente precisava de um ajuste físico e tático. Em um domingo de folga, nos convidaram a viajar a passeio, e dissemos: ‘não, a gente quer ficar em ca­­sa!’", relata Lopes. Re­­sultado: depois de tropeços inesperados como as derrotas para Ipatinga e Duque de Caxias, uma recuperação fulminante e a disparada na tabela.

Ney Franco é a vitrine, mas as decisões são todas feitas em colegiado. "Ele entende su­­perbem, prefere o atleta sempre 100% do que 90%", afirma Lopes.

Foi o caso do veto a Marcos Aurélio. Desta­­que no título paranaense, o atacante não atuou antes da Copa do Mundo. "O atleta não é uma máquina; o corpo vai te dando sinais. Então, é melhor tirar de um treino recreativo, sem tanta necessidade, para se recuperar", descreve o preparador físico. Marcos Au­­rélio saiu, mas o time não sentiu – mérito das contratações coordenadas por Felipe Ximenes. E também de uma oportuna parada.

"Soubemos trabalhar na parada da Copa. Demos o descanso a quem precisava e trabalhamos cada um individualmente", comemora Lopes.

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