O Coritiba foi aplicado, dedicou-se como poucas vezes se viu nesta temporada e teve no choro de Vágner uma cena emblemática para explicar a vitória por 1 a 0 sobre a Adap.
A tarefa de casa foi feita. O time de Estevam Soares venceu no Couto Pereira, reverteu a vantagem do rival e agora só precisa de um empate, quarta-feira, às 15h30, no Roberto Brzezinski, para chegar à final do Paranaense.
Para manter vivo o sonho de jogar a primeira decisão de sua história na principal divisão do estado, o Leão necessita vencer por dois gols de diferença. Triunfo por 1 a 0 levaria a disputa para os pênaltis.
Mesmo beneficiado por jogar em casa, os comandados de Gilberto Pereira não terão vida fácil. O técnico perdeu meio time para o duelo de quarta. Alex Noronha, Felipe Alves, Mineiro, Leandro e Souza receberam o terceiro cartão amarelo e cumprem suspensão.
No Coritiba, a volta do zagueiro Índio compensará a ausência do volante Márcio Egídio, que também cumprirá a automática.
A vitória de ontem representou mais um capítulo na história do clube dentro do Estadual: sofrida, apertada, na base da raça e no embalo da arquibancada. Sem perder no Couto Pereira desde o revés para o Corinthians, em novembro do ano passado, a equipe repetia em campo as reações da galera.
Depois de um primeiro tempo marcado pelo equilíbrio, quando os visitantes igualaram na técnica a força de vontade dos anfitriões (Ivan, pelo lado vermelho; e Fabinho, pelo verde, perderam a oportunidade de abrir o placar), o Coxa se agigantou com as (poucas) vaias do intervalo.
Estevam Soares também teve participação direta no resultado. Ao trocar o apagado Guaru pelo atacante Anderson Gomes, o treinador abriu o bem montado sistema defensivo do adversário. Com a velocidade de Gomes na direita e de Eanes na esquerda, o time acuou a Adap, que trocou a audácia da etapa inicial para viver de contra-ataques. "Precisávamos encurralá-los", justificou o treinador.
Mas a pressão não tinha resultado prático. Talvez pela inibição de alguns jogadores, que em determinados momentos, com medo de errar, exageravam no toque a mais, o gol teimava em não sair. Teve que vir um zagueiro, até então sem espaço no clube, para mostrar como se faz um gol com categoria. Sem começar uma partida desde o início de fevereiro, o salvador coxa atende pelo nome de Vágner, prata da casa de 22 anos.
O defensor aproveitou um dos poucos cochilos da defesa do Leão para, de primeira, deslocar Fábio e deixar o Coritiba mais perto da final. Mais próximo de uma conquista com contorno de redenção após a tragédia do rebaixamento. "Não digo que o título tiraria todo o peso das nossas costas. Mas com certeza traria um alívio muito grande", afirmou o "artilheiro", que derramou lágrimas no momento da comemoração.
Em Curitiba
Coritiba 1Artur; Wilton Goiano, Vágner, Henrique e Fabinho; Rodrigo Mancha, Márcio Egídio, Jackson e Guaru (Anderson Gomes); Eanes (Renan) e Vinícius (Guilherme).Técnico: Estevam Soares.
Adap 0Fábio; Ângelo, Alex Noronha, Dezinho e Elvis (Barbieri); Mineiro, Leandro, Felipe Alves e Souza; Gildásio (Marcelo Peabiru) e Ivan (Warlei).Técnico: Gilberto Pereira.
Estádio: Couto Pereira. Árbitro: Cleivaldo Bernardo. Auxs.: Gílson Pereira e Ivan Carlos Bohn. Gol: Vágner (C), aos 25 do segundo tempo. Público: 8.347 pagantes (9.232 total). Renda: R$ 70.995,00. Amarelos: Vágner, Márcio Egídio, Eanes e Vinícius (C); Alex Noronha, Mineiro, Leandro, Felipe Alves, Souza e Ivan (A).
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