A notícia mais recente envolvendo o "Caso Keirrison" animou os torcedores do Coritiba. Nesta semana a juíza Júlia Tesseroli, da 19ª Vara Cível de Curitiba, extinguiu o processo interposto pela Mais Sports, empresa dos irmãos Marcos e Naor Malaquias (agentes do K9), no qual eles pediam o bloqueio dos 20% dos direitos do atacante, negociados pelo Verdão com o Palmeiras no início do ano por R$ 1,6 milhão. Entretanto, o dinheiro está longe de ser liberado para os cofres coritibanos e o imbróglio deve demorar a ser resolvido.
"Protocolamos o pedido de extinção da ação proposta pela Mais Sports porque eles não preencheram determinados requisitos, e diante deste erro a juíza deferiu o nosso pedido. O dinheiro teoricamente está liberado, porém é preciso respeitarmos todos os prazos para recursos antes de pensar em receber. Não dá para prever quando isto vai acontecer porque cada recurso tem um prazo", explicou o diretor jurídico do Coritiba, Gustavo Nadalin, à Gazeta do Povo.
Ainda sem ter acesso à decisão da juíza, o advogado da Mais Sports, William Castilho segue tendo uma interpretação diferente da juíza e prometeu, assim que for notificado oficialmente, protocolar um novo recurso para bloquear o dinheiro.
"Não tive acesso ao teor completo da decisão, já que ela não foi publicada ainda, mas pressuponho que a interpretação da juíza tenha sido de que, como entramos com uma medida cautelar, e está previsto que em 30 dias tenhamos de entrar com a ação principal, ela viu ai uma infração. Mas eu entendo que a ação principal discutindo o caso já está ajuizada e foi colocada pelo Coritiba (tratando dos 80% dos direitos do K9), então não teríamos de entrar com outra ação principal. Não entendi a ponto de vista dela, mas assim que tiver acesso à decisão entrarei com quantos recursos forem necessários", explicou Castilho.
Quanto ao processo principal, o qual discute os 80% dos direitos federativos e econômicos de Keirrison e o destino dos R$ 8 milhões da transação feita entre a Mais Sports e a Traffic em novembro de 2008 , ele está tramitando e o momento é de produção de provas.
"É a hora para as partes especificarem que tipo de provas querem produzir, então agora vamos colher testemunhos e até abrir as contas do clube para comprovar a nossa tese. Acreditamos que ele foi vendido para a Traffic, houve depósito de valores e ele ainda tinha contrato conosco. Acreditamos que, depois de tudo consumado, sairemos vencedores e seremos indenizados", disse Nadalin.
Do outro lado, os irmãos Malaquias também demonstram tranquilidade quanto ao destino dos R$ 8 milhões.
"Eles não terão acesso a qualquer dinheiro, o processo tem que cumprir todo o seu trâmite antes que isto ocorra. Eles é que têm que produzir provas para comprovar o que alegam, nós já ajuizamos tudo e o faremos de acordo com o necessário. Não temos nada a esconder", finalizou Castilho.
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