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Fora do jogo por causa de uma tendinite, Ariel levou o filho, Bautista, ao treino de ontem do Coritiba | Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo
Fora do jogo por causa de uma tendinite, Ariel levou o filho, Bautista, ao treino de ontem do Coritiba| Foto: Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo

Operário tem três dúvidas

Leonardo Bonassoli, especial para a Gazeta do Povo

Vindo de três derrotas seguidas após duas vitórias, o Operário, do técnico Norberto Lemos, tem problemas na escalação para o jogo contra o Coritiba hoje, às 21h45, no Germano Krüger, em Ponta Grossa.

Certa é a ausência do jovem za­­gueiro Marquinhos, expulso contra o Iraty. No lugar dele, Nor­­ber­­to poderá escalar o zagueiro Gra­­fite ou o meia Ceará, o que en­­cor­­paria a armação. O lateral-direito Lisa levou uma pancada no joelho no último jogo, quando atuou de meia, e não deverá jogar, devendo ceder lugar a Cassiano. A outra dú­­vida é no ataque: Douglas poderá ser mantido no lugar de Dyego Souza. De boa notícia, Nor­­berto Le­­mos tem o retorno dos meias Ser­­ginho Paulista e Serginho Ca­­ta­­ri­­nense, que cumpriram suspensão.

"É preciso vencer. O Coritiba é um ex-clube meu, em que joguei por três anos e fui capitão. Não tem outra opção. Eles têm muita qualidade do meio para a frente e têm muita tranquilidade para jogar. É um time compacto, com defesa boa, muito forte", disse Lemos.

Uma das duas vitórias do Ope­­rário no campeonato foi uma virada sobre o Atlético, na Arena da Bai­­xada. Norberto Lemos quer evitar comparações entre as partidas. "É diferente. Contra o Rio Branco fomos para cima e perdemos o jogo e vários jogadores. Cada jogo é uma história e esperamos conseguir", concluiu o treinador.

Polêmica

Diretoria diz a Ney Franco que Ariel fica

AP e Thiago de Araújo

Ariel fica no Coritiba. Essa é a garantia que Ney Franco recebeu da diretoria. Promessa, no entanto, que não anula a busca por um novo reforço para a posição.

"O que a diretoria me passa é que ele vai ficar. Que ele tem contrato com o clube e que a lei assegura a permanência dele aqui. A contratação de outro atacante independe da permanência do Ariel. Precisamos de mais um atacante de área", afirmou o treinador.

A pendência entre clube e jogador, porém, parece longe do fim. Com base no pré-contrato assinado quando o argentino chegou ao Brasil, o Coritiba oferece uma valorização de US$ 200 mil ao jogador e garante que não negociará algo além disso. Os procuradores do camisa 9, contudo, pedem 1,3 milhão de euros. A resolução somente em via judicial parece cada vez mais próxima.

"O que eles nos pediram é uma coisa utópica, ainda mais para um centroavante. Não iremos aceitar, o que temos com o Ariel não é um ‘contrato de gaveta’, temos sim um documento legal, devidamente registrado, e que nós consideramos válido dentro da esfera desportiva, embora tentem dizer o contrário. Esse assunto só pre­­judica a ele, só o notificamos agora porque a legislação pede que o façamos com seis meses de antecedência. Só estamos exercendo o nosso direito", explicou Ernesto Pedroso, membro do G-9 alviverde, à Gazeta do Povo.

Do outro lado, o advogado de Ariel, Henrique Caron, diz que o segundo contrato não tem validade legal e que, caso necessário, será contestado no âmbito jurídico. "Estamos negociando, mas o único documento juridicamente válido é o atual, que vai até o dia 30 de junho. Quando o Coritiba nos notificou, eles próprios desconsideraram este contrato de gaveta. O único ajuizado junto ao Ministério do Trabalho é o atual. A preferência segue do Coritiba", garantiu.

Se restavam dúvidas da importância de Rafinha para o Coritiba, as duas últimas vitórias da equipe, sobre Cianorte (2 a 1) e Toledo (3 a 1), encerraram qualquer controvérsia. Não pelos dois gols marcados pelo meia – um deles, de placa, o quinto em cinco jo­­gos. Nas duas partidas, bastou o camisa 7 ser substituído para a equipe sentir, imediatamente, a ausência de seu melhor jogador no Paranaense.

Dificuldade que terá de ser superada hoje à noite. Diante do Operário, às 21h45, em Ponta Grossa, o meia não estará em campo, suspenso pelo terceiro car­­tão amarelo. E como saída para arrumar a equipe sem a di­­nâmica proporcionada pelo baixinho de 1,67 m, o Coxa aposta na formação de uma equipe alta.

"Acredito que possa ser uma partida decidida nas bolas aéreas. Por isso colocaremos o Lucas (zagueiro, 1,83 m) e o Ramon. Assim, teremos pelos menos cinco jogadores altos em condições de cabecear (além da dupla, os zagueiros Jéci e Pereira, mais o volante Marcos Paulo)", comenta o técnico Ney Franco.

A partir daí, caberá aos alas Fabinho e Renatinho (improvisado) e ao meia Enrico a construção desse tipo de jogada. "Gosto de fi­­car na área para o cabeceio, acredito que faremos um grande jogo. O Ra­­finha é um bom jogador, mas temos no elenco substitutos à altura", comenta Ramon, que fará o seu primeiro jogo desde o início no lugar de Ariel, vetado por uma tendinite na coxa esquerda.

Caminho encontrado para manter o Coritiba 100% na competição, cada vez mais firme na busca pelas vantagens do supermando e, de quebra, barrar os comentários de uma possível dependência de Rafinha.

"Ano passado se comentou muito que o Coritiba era dependente do Marcelinho (Paraíba). Esse ano a história está se repetindo. São jogadores diferentes, de características diferentes, não cabe a comparação. E nenhuma equipe pode ser dependente de apenas um atleta", afirma o treinador.

O incômodo pela lembrança e a preocupação com o futuro têm razão de existir. Em 2009, a performance de Paraíba tinha mesmo relação direta com os re­­sultados do Coritiba em campo. Quando ele ia bem, o time vencia. Do contrário, o insucesso era praticamente certo.

Em meio a isso, ainda havia o tormento pela renovação do contrato dele. Até que, na reta final da disputa, de contrato refeito, Paraíba rendeu menos do que o esperado e o término do Bra­­silei­ro foi trágico, com rebaixamento à Segunda Divisão. Mes­­mo as­­sim, dos 48 gols feitos pelo Cori­tiba na disputa, o hoje atleta do São Paulo anotou 14.

"Esse ano acredito que teremos uma equipe mais qualificada do que ano passado. Nossas contratações estão sendo pontuais e os jogadores que subiram da base estão atendendo as nossas necessidades", analisa Ney Franco.

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Ao vivo

Operário x Coritiba, às 21h45, na RPC TV, PFC e no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes)

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Veja a ficha técnica do jogo Operário X Coritiba

Em Ponta Grossa

Operário

Danilo; Grafite (Ceará), Flamarion e João Renato; Cassiano (Lisa), Silvão, Serginho Paulista, Serginho Catarinense e Digão; Douglas (Dyego Souza) e Baiano.

Técnico: Norberto Lemos.

Coritiba

Édson Bastos; Jéci, Pereira e Lucas Mendes; Fabinho, Leandro Donizete, Marcos Paulo, Enrico e Renatinho; Marcos Aurélio e Ramon.

Técnico: Ney Franco.

Estádio: Germano Krüger. Horário: 21h45. Ár­­bitro: Héber Roberto Lopes. Auxs.: Ivan Carlos Bohn e Guilherme Roggenbaum.

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