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Paulo Bonamigo se inspira na vitoriosa campanha de 2003 para tirar o Coritiba do seu pior momento nesta Série B. Já são seis rodadas sem vencer. Dos dos últimos 18 pontos disputados, o time conquistou somente 2. Aproveitamento de 11%, que tirou o Coxa da faixa de acesso à Primeira Divisão. A queda foi sacramentada com a vitória do Paulista por 2 a 1 sobre o Guarani, ontem.

Há três anos, o técnico se viu obrigado a reestruturar a equipe após a saída do seu principal jogador, o meia Tcheco, negociado com o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, na reta final do campeonato. Após uma seqüência instável, marcada pelo perde e ganha, o Alviverde se recuperou e garantiu uma vaga na Libertadores do ano seguinte com a entrada de Ceará na lateral-direita. Jackson passou a ocupar a vaga de Tcheco no meio.

"Naquela ocasião nós também fomos pressionados após a saída do Tcheco e a ida do Lima para o Cruzeiro. Mas o grupo mostrou força e poder de superação para chegar à Libertadores", afirmou o treinador após a derrota por 1 a 0 para o Ituano, na sexta-feira.

Em 2003, porém, o Coritiba estava na Série A e lutava pelas primeiras colocações. A situação agora é mais dramática. Ainda assustada com o rebaixamento, a torcida já deu sinais claros de impaciência. Bonamigo também trabalha com o tempo como adversário. Nas 12 rodadas que faltam para o término do campeonato, com 36 pontos em disputa, o Coxa precisa conquistar no mínimo 20 (desempenho superior a 55%) para regressar à elite do futebol brasileiro.

Vitória com urgência

"Temos de conseguir logo um resultado positivo. Urgente. Cada dia que passa é um jogo a menos. Temos de enfrentar tudo e ganhar nem que seja de meio a zero do Santo André na sexta-feira", analisou o volante Paulo Miranda.

E se antes Bonamigo quebrava a cabeça para encontrar um novo Tcheco, as seguidas derrotas comprovam que o técnico ainda não encontrou a formação ideal. "Preciso ter a sensibilidade de ver quem está melhor. O momento é dos mais corajosos. Vou trocar os que sentiram a pressão", disse Bona.

A ausência de um centroavante confiável, o Marcel de 2003, revela também um erro estratégico dos dirigentes, que após o empate por 0 a 0 com o São Raimundo em casa, quando o time atuou por 20 minutos com dois jogadores a mais, optaram por exaltar o desempenho da equipe. "O time encorpou novamente", propagava o presidente Giovani Gionédis.

O revés em Itu, o oitavo na competição, desmentiu a previsão do cartola. "Quero mostrar para eles que esse grupo fez partidas excepcionais. Resgatar a autoconfiança e as vitórias", decretou o técnico.

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