Desgaste físico, lesões, adversários difíceis, duas decisões por pênaltis, longas viagens. Todos estes adversários foram batidos pelo Coritiba até agora na Copa São Paulo de Futebol Júnior e o próximo será o Flamengo, que eliminou o São Paulo, em Limeira, local da próxima partida do Coxa pelas quartas de final. A Gazeta do Povo conversou por telefone com o técnico Marquinhos Santos sobre os desafios da competição e de fazer uma geração de jovens atletas subir dentro do clube.
Nas duas partidas do mata-mata já disputadas, o Coritiba encarou decisões por pênaltis contra Atlético Mineiro e Atlético Paranaense. Em ambas as partidas saiu atrás do marcador, decidindo tudo num trabalho de bola parada. "Nos dois jogos procuramos vencer no tempo normal. Contra o Galo, conseguimos virar e, contra o Atlético Paranaense, metemos duas bolas na trave. Correndo atrás do resultado, o desgaste é maior. Dentro do equilíbrio que é a fase eliminatória, a equipe melhor preparada na bola parada pode levar vantagem. A gente treinou bastante", explicou Marquinhos Santos.
Contra o Atlético, o Coritiba teve três desfalques na formação inicial, praticamente toda a defesa, tendo de improvisar o volante Ícaro na zaga. Durante a partida, perdeu o meia Rafinha e o atacante Rafhael Lucas, lesionados. "Nosso último jogo da preparação foi contra o Atlético, mas desta vez não tinha tanta referência. Eles entraram bem e responderam à expectativa. A dificuldade do volante na zaga é o entrosamento. No sistema ofensivo, a jogada de um atleta de qualidade desequilibra. Na defesa, o fator que resolve é o entrosamento e inclusive tomamos um gol por falta dele", revelou técnico.
A equipe faz uma maratona pelas estradas paulistas. Da primeira fase para a segunda, foram 95 km de Monte Azul a São José do Rio Preto. Da segunda fase para as oitavas de final, a viagem foi de pouco mais de 500 km até São José dos Campos. Agora o Coxa percorre mais 215 km até Limeira. Ao menos, terá um dia a mais que os possíveis adversários, que jogam na cidade, para se recuperar. "Há o desgaste natural dos jogos. Na fase eliminatória, eliminamos o Atlético Mineiro que era candidato ao título e o forte time do Atlético. Agora é o Flamengo. Ganhar esse dia a mais é importante para recuperar atletas com lesão. Eu venho acompanhando os jogos televisionados e recebendo informações de outros profissionais. O time é leve, joga e deixam jogar", disse.
Para Marquinhos Santos, Copinha é o começo da transição para o time profissional
Até uns anos atrás, a Copinha era disputada por jogadores até 20 anos. A idade limite diminuiu para 18 anos completos até o dia 31 de dezembro do ano anterior. Com isso, ficou mais difícil que as equipes aproveitem imediatamente os valores revelados na competição, por mais que haja pressão das torcidas ao conhecer os candidatos a revelação. "Tem de ter calma. Cria-se uma expectativa. Como diminuiu a idade em dois anos, os jogadores têm dois a mais de base, tirando exceções como o Neymar, o Phillipe Coutinho e o até próprio Manoel (do Atlético), que estavam mais prontos. Agora ela é início da transição para profissional. No Coritiba, há um planejamento conjunto com o professor (André) Mazucco", afirmou o técnico Marquinhos Santos.
A transição deste time irá seguir durante esta temporada, podendo alguns jogadores serem promovidos em 2012. "Temos de ter paciência com este grupo, que é qualificado, mas não está pronto. Ao longo do ano de 2011 trabalhemos com eles. Essa transição passa pelo Brasileiro Sub-23 que o clube vai disputar. Por isso o Coritiba passa por este projeto de transição, da melhor maneira possível", concluiu.
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