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"O estádio do Coritiba tem capacidade para 35 mil pessoas, mas num clássico pelo Paranaense entraram 50 mil e todas cantavam meu nome. Foi impressionante". Este foi apenas um dos exageros do argentino Ariel Nahuelpan, ex-atacante do Coxa, ao diário Olé, da Argentina. Confira a entrevista do jogador pretendido pelo San Lorenzo:
Por que a imprensa brasileira te chamava de Ariel, sem sobrenome?
Uma vez me perguntaram como queriam que me chamassem. Eu disse Ariel, pois eles [imprensa local] não sabiam pronunciar meu sobrenome.
Você ganhou a torcida com muitos gols e gols bonitos...
Sim, com um gol de chilena contra o Goiás, outro do meio campo contra o São Paulo, que acertei o ângulo e ganhamos por 2 a 0. E já joguei no Campeonato Paranaense um clássico [Atletiba] como é River e Boca. Em seis clássicos, sempre fiz gols. Ganhei o coração das pessoas. Fomos campeões estaduais.
Lá, no Coritiba eles querem a sua volta. Qual a razão?
Já estou liberado. Eles [do Coritiba] fizeram um contrato de cinco anos, mas no Brasil um estrangeiro fica livre depois de dois anos de contrato. Por isso, aquele contrato não tem validade. Os dirigentes queriam que eu ficasse porque fiz um bom semestre. Fizeram uma oferta, eu fiz uma contraproposta e eles não aceitaram. Por isso foram na Justiça , mas meu advogado e meu representante me asseguraram que posso assinar com qualquer clube.
Novamente, o Coritiba pode perder um jovem talento sem obter lucro e impedido de agir legalmente. O meia angolano Geraldo, de 18 anos, destaque do Coxa na conquista do Paranaense deste ano e já com duas convocações para a seleção do seu país, tem o contrato com o clube registrado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF até junho de 2011, o que, pela Lei Pelé, o libera para deixar o Alviverde já no início do próximo ano. "É a mesma situação do Ariel", admitiu Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Coritiba. "Mas a gente blindou de outras maneiras." O dirigente não quis comentar quais seriam tais medidas, mas deixou claro que o principal trabalho vem sendo feito junto ao atleta e o empresário dele, Nadim Andraus. "Temos de confiar no caráter deles. O empresário dele tem trabalhado de uma forma muito correta."
Estrangeiro, Geraldo tem um contrato de cinco anos com o Coritiba, mas apenas dois deles são reconhecidos pela lei imigratória, como já aconteceu com Nahuelpan. O Coritiba sequer pode pensar em prorrogar o contrato ou executar o que tem guardado na Justiça sem a anuência do jogador. E se ele quiser sair do clube, nada pode ser feito. "Infelizmente é isso. Se entrar um malandro na história, não tem o que fazer", resignou-se Andrade.
Procurado pela Gazeta do Povo para falar sobre o assunto, o empresário do meia não atendeu aos telefonemas da reportagem.
Caberá, de acordo com o clube, ao Coritiba trabalhar as duas possibilidades: tentar manter Geraldo com negociações diretas com ele ou buscar a melhor negociação antes de perder o jogador. "A Lei Pelé nós leva a isso. Na última reunião no Clube dos 13 nós falamos desse assunto, porque hoje você tem a Lei Pelé que permite cinco anos e também legislação que proíbe contratos acima de dois anos", reclamou o vice-presidente do Coxa.
Andrade reforçou a confiança na postura do atleta. "Isso depende do momento, da época, do jogador", argumentou. Geraldo se apresenta à seleção de Angola no dia 8 deste mês, para o jogo do dia 11, em Lisboa, contra o Uruguai.
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