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O jogo

Foi o jogo dos baixinhos. O melhor momento coxa-branca, pontuado pelo gol, teve como protagonistas Everton Ribeiro, Rafinha e Ruidíaz, que levaram vantagem sobre o trio de zagueiros montado por Ney Franco no início do segundo tempo. O São Paulo respondeu com Lucas, responsável por duas grandes chances no primeiro tempo e pela jogada do gol de Osvaldo.

O jogo só acaba quando termina. O chavão é batidíssimo, mas parece desconhecido no Alto da Glória. Mais uma vez, o Coritiba baixou a guarda nos minutos finais, tomou um gol e deixou um resultado melhor escapar. Foi assim ontem, no Couto Pereira, contra o São Paulo. O Coxa vencia por 1 a 0, gol de Éverton Ribeiro, contra um adversário que ficou com dez jogadores aos 32 do segundo tempo. Cedeu o empate a seis minutos do fim, gol de Osvaldo. Desperdiçou a vitória e a chance de abrir quatro pontos da zona de rebaixamento – cortesia do Corinthians, que bateu por 3 a 0 o Sport, 16.º. Com o empate por 1 a 1, a diferença fica em perigosos dois pontos.

A vantagem poderia ser maior caso a defesa tivesse detido o avanço de Lucas ou o auxiliar Wagner de Almeida Santos tivesse marcado o impedimento de Osvaldo. Também seria maior caso a perda de pontos nos minutos finais não fosse rotineira. Somente no Couto Pereira, foi assim contra Corinthians, Santos e Fluminense, jogos em que o empate se transformou em derrota após os 35 do segundo tempo. Como visitante, havia acontecido na rodada anterior, contra o Sport. Desperdício de seis pontos.

"Contra o Sport o segundo tempo foi atípico, não jogamos o que pregamos [buscar sempre a vitória]. Hoje [ontem] o time jogou em cima do São Paulo, teve oportunidade de matar o jogo e não matou", comentou o técnico Marquinhos Santos.

A incapacidade de definir a partida se materializou nos contra-ataques desperdiçados por uma afobação que acompanhou o Coritiba desde o primeiro tempo. Na etapa inicial, erros de passe na entrada da área são-paulina transformaram a maior posse bola (54% a 46%) em uma abstração. Do outro lado, Lucas dava aula de objetividade. Encaixou dois contra-ataques: no primeiro, a bola raspou a trave; no segundo, Vanderlei fez a defesa.

O único momento em que o Coritiba jogou na intensidade correta foi no início do segundo tempo, por uma combinação de substituições. Ney Franco trocou um atacante por um lateral, formando uma linha de três zagueiros; Marquinhos trocou um armador por um atacante de velocidade, matando a sobra idealizada pelo rival. Então, o Coxa mandou uma bola na trave com Rafinha, fez seu gol com Éverton Ribeiro e cavou a expulsão de Rhodolfo – minutos depois de o zagueiro tricolor cabecear uma bola contra seu próprio travessão.

Tudo perfeito, até chegar a hora de administrar a vantagem. "Nossa transição estava muito forte, mas descontrolada. Coloquei o Robinho para manter a posse de bola e fazer valer a superioridade numérica", explicou Marquinhos. "Não podemos tomar gol de contra-ataque com um jogador a mais", reclamou Rafinha, na síntese do que aconteceria três minutos após a entrada do camisa 8.

Agora o Coritiba terá de ser perfeito para cumprir a meta de quatro vitórias até o duelo com o Náutico, na 31.ª rodada. Começa quinta-feira, contra a Ponte Preta, novamente no Couto Pereira. "É um jogo decisivo para alcançarmos o bolo que tem entre 33 e 34 pontos", disse o treinador.

No entanto, fazer somente o serviço no Couto não basta. "Eram sete jogos em casa, agora são apenas seis. Teremos de buscar pontos fora", lembrou o volante Willian, já de olho na partida decisiva do dia 11 de outubro, contra o Palmeiras, 17.º colocado, em Araraquara, que antecede os confrontos caseiros contra Bahia e Náutico. Seja em casa ou fora, antes de mais nada terá de aprender o velho ditado: o jogo só acaba quando termina.

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