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"Como ficará o Santos sem Robinho?" Por uma coincidência da tabela, cabe ao Coritiba a tarefa de começar a responder à pergunta do momento no futebol Brasileiro. Hoje o Peixe recebe o Coxa, às 18h10, na Vila Belmiro, no primeiro jogo após o mais genial camisa 7 do país desde Garrincha se tornar o número 10 do Real Madrid.

Não é preciso muito esforço para perceber a falta que o "Rei das pedaladas" faz ao time paulista. Com ele, o Santos era o líder após as cinco primeiras rodadas do Nacional. No período em que ficou afastado – primeiro disputando a Copa das Confederações pela seleção brasileira, depois em litígio com o clube –, o time caiu para sexto. Com a volta do atacante, bastaram sete rodadas para o Peixe assumir a vice-liderança.

Os números apenas confirmam o alívio que é para a defesa alviverde ter escapado do confronto com Robinho. Mas o técnico Cuca não quer que o sentimento deixe o time relaxado em campo. "Os outros vão querer mostrar para eles mesmos, e para a torcida, que a equipe não vivia só de Robinho", afirmou o treinador.

Entre os "outros", o meia Giovanni é o principal candidato a comandar o Santos na seqüência da temporada. Mas ele recebeu o terceiro cartão amarelo – assim como Zé Elias, Bóvio e Halisson – e também não poderá enfrentar o Coxa.

Ao falar sobre o desmanche temporário no adversário, a maioria dos jogadores coritibanos seguiu à risca a cartilha do politicamente correto e usou frases tradicionais como "Pode ser até mais difícil, porque quem entrar vai se esforçar mais do que quem estava jogando".

Uma das exceções foi o meia-atacante Alcimar. Ele admitiu que os desfalques, principalmente de Robinho e Giovanni, aumentam a chance do Coritiba na Vila. "São dois grandes jogadores, que preocupam sempre. Acho que é um ótimo momento para ficarem de fora", festejou.

O lado ruim da história foi apontado pelo atacante Renaldo. "Com isso fica aquela pressão para o Coritiba sair vitorioso. A responsabilidade vem toda para o nosso lado porque estamos com quase toda a equipe titular", disse o artilheiro.

Ele entende que a equipe deve jogar como se enfrentasse o Santos completo e com Robinho. "Temos de acreditar no nosso potencial para dar mais um grande passo no Campeonato Brasileiro."

Duelo de hoje à parte, ninguém no Coritiba poupou elogios ao falar sobre Robinho. "Pena que agora o público nacional só vai poder ver pela televisão os dribles, as pedaladas e os gols que ele já fez por aqui. Mas, sem dúvida, vai continuar aprontando tudo isso no Real Madrid", reverenciou o treinador. Azar do torcedor brasileiro, que pelo menos hoje pode ser interpretado como sorte coxa-branca.

Santos x Coritiba - 28/08/05, às 18h10.

Local: Estádio Vila Belmiro, em Santos-SP. Árbitro: Carlos Eugênio Simon (RS/ Fifa).Auxiliares: Altemir Hausmann (RS/ Fifa) e José Javel Silveira (RS).

Santos - Saulo; Flávio, Rogério, Luís Alberto e Wendell; Fabinho, Elton, Ricardinho e Léo Lima; Douglas e Geílson (Basílio). Técnico: Gallo.

Coritiba - Douglas; Vágner, Flávio e Allan; Jackson, Rodrigo Mancha, Capixaba, Marquinhos e Ricardinho; Alcimar (Marciano ou James) e Renaldo. Técnico: Cuca.

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