O lugar-comum diz que visita tem prazo de validade. Uma semana para uns, três dias para outros. A frase pronta cabe para o Coritiba. "Morando de favor" em Joinville, o time começa a sentir que a punição do STJD não era brincadeira mesmo. Saudades do Couto Pereira já na terceira rodada da Série B.
Eram 29 jogos longe de Curitiba. Três já foram e nada de vitória. Em Santa Catarina, no primeiro compromisso, empate com o América-MG (1 a 1) sob os olhos de mais de 3 mil coxas um público razoável pelas circunstâncias.
Mas não foi a falta de "carinho" o principal problema do primeiro dia de inquilino. "Se eu falar que é igual ao Couto, estarei mentindo", lamenta Edson Bastos. "O gramado é ruim, tem muita irregularidade. E nós estamos acostumados a jogar diante do nosso torcedor e jogar em casa é totalmente diferente. Mas tem de passar por cima de tudo isso."
"Nessa projeção dos sete primeiros jogos, a ideia era terminar na liderança. Mas ainda temos um segundo plano, que é vencer esses últimos quatro jogos e a primeira tem de ser contra o Brasiliense de qualquer jeito", diz o capitão Jéci, que fez eco nas palavras do goleiro coxa: "Tem diferença de estádio, ambiente, dimensão de campo e principalmente gramado."
Jéci chegou a pedir mais treinamentos por lá. "Vamos ter que se dedicar um pouquinho mais, até mesmo em treinamentos por lá, porque será a nossa casa por mais nove jogos. Temos de nos adaptar rápido."
Para não transformar o período de inquilinato num pesadelo ou em algo insuportável o técnico Ney Franco tem trabalhado a cabeça dos atletas em outra linha. "Eu acho que tem que ser favorável, nós é que temos que adaptar", diz, tentando ver um pouco de Couto Pereira na Arena Joinville.
"A tendência é a equipe jogar melhor naquele campo. Isso já vai acontecer no próximo jogo", projeta. Mas mesmo otimista, ele também vê problemas: "O campo é reduzido, mas eu acho que a gente pode fazer dali o nosso caldeirão."
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