Coritiba joga bem, goleia o Figueira e espanta a crise

A quem creditar a convincente vitória do Coritiba na noite desta quinta-feira no estádio Couto Pereira? Ao espírito guerreiro dos 18 jogadores que estiveram em campo – os onze titulares e sete reservas? Ao trabalho psicológico implementado pelo novo técnico Márcio Araújo? Ou ao show de empolgação e motivação oferecido pela torcida alviverde a esses 18 jogadores?

Na verdade, a resposta pouco importa. A vitória por 4 a 1 do Coritiba contra o Figueirense devolveu ao elenco alviverde a tranqüilidade necessária para seguir a caminhada que pretende tirar o time de perto da zona do rebaixamento. O resultado tira dos ombros do elenco, da comissão técnica e da torcida, o peso de oito derrotas consecutivas.

Acertadamente, a diretoria reduziu o preço dos ingressos para R$ 3 reais e um público de 18.124 esteve no Couto Pereira para apoiar a equipe. O pacto das torcidas organizadas do Coritiba – assinado na noite anterior – previa o apoio incondicional dos torcedores desde o jogo desta quinta, até o último jogo do time no brasileirão. O resultado desse apoio e do "fato novo" gerado pela chagada do treinador Márcio Araújo, você acompanha a seguir.

Primeiro tempo Contagiante. Foi nesse ritmo que o Coritiba começou o jogo contra o Figueirense. Nos primeiros minutos de jogo o alviverde comandou as principais ações ofensivas e, com o apoio da torcida, levou perigo por diversas vezes ao gol de Edson Bastos. Logo aos 5 minutos, por exemplo, Caio cobrou uma falta muito forte para a defesa do goleiro alvinegro. No rebote, Renaldo cabeceou com perigo.

O Figueirense assistiu o Coritiba jogar nos primeiros 15 minutos de jogo. As raras chances de ataque surgiam, ou passavam, pelos pés do veterano atacante Edmundo. Porém, as poucas chances praticamente sumiram já que aos 30 minutos do 1.º tempo o árbitro Rodrigo Martins Cintra expulsou Edmundo. Após um pisão involuntário no meia Jackson, o atacante recebeu o cartão vermelho sem sequer ter recebido o amarelo anteriormente.

A partir dali o Coritiba ganhou ainda mais em motivação e foi para cima do time catarinense. A torcida fez a sua parte das arquibancadas e aos 35 minutos pode soltar o já entalado grito de gol da garganta. De uma cobrança de falta realizada pelo lado esquerdo, o goleiro Edson Bastos tirou a bola de soco para longe da área. E dali mesmo, de longe, Jackson emendou um chute muito forte de fora da área que só parou no fundo das redes catarinenses.

O pique do time continuou o mesmo e o resultado disso veio aos 45 minutos do 1.º tempo. De um rebote dado pela zaga a bola sobrou para o atacante Caio que disparou um canhão de fora da área que explodiu na trave do goleiro Edson Bastos. No rebote Ricardinho alcançou a bola antes que ela saísse pela linha lateral. No cruzamento, Capixaba se antecipou a zaga e cabeceou para as redes catarinenses.

Segundo tempo

Para o segundo tempo o técnico Marcio Araújo promoveu apenas uma modificação. Já com um cartão amarelo, Nascimento deixou o campo para a entrada de Peruíbe. No Figueirense, Adilson Batista tirou o lateral Michel bastos e colocou o volante Moreira e Adriano saiu para a entrada de Thiago.

O começo da segunda etapa não poderia ter sido melhor. Logo aos 4 minutos do 2.º tempo, o Coritiba ampliou o marcador. Após uma nova jogada bem feita por Caio, o toque foi dado para Renaldo. Chutando a má fase dele e do Coritiba para longe, o artilheiro ganhou da zaga na velocidade e deu um toque de categoria para as redes do Figueirense.

O Coritiba continuou jogando melhor e mais uma vez a superioridade foi revertida em gol. Aos 19 minutos do 2.º tempo Peruíbe começou a jogada com um bonito drible. No toque a bola foi para o atacante Maia que fez a finta na marcação, driblou o zagueiro e cruzou para o atacante Renaldo cabecear para as redes do Figueira.

Aos 22 minutos da segunda etapa, a situação ficou ainda mais complicada para o time de Santa Catarina. Após uma falta violenta, Bilú recebeu o cartão amarelo. Na seqüência reclamou da marcação e acabou recebendo o vermelho do árbitro Rodrigo Martins Cintra.

Logo em seguida, aos 23 minutos, o Figueirense descontou o marcador. Dentro da grande área, Anderson segurou o atacante Alessandro e cometeu a chamada falta máxima. Na cobrança do pênalti, o goleiro Douglas saltou para a direita e o zagueiro Bruno chutou no canto esquerdo, para balançar as redes alviverdes.

Depois disso, bastou o Coritiba administrar o resultado até o apito final do árbitro. O próximo jogo do Coritiba é fora de casa, contra o Brasiliense.

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