O torneio

Em 1971, a Confederação Brasileira de Desportos (atual CBF) criou o Torneio do Povo, que reunia os clubes de maior torcida no país. Na edição de 1973 o Coritiba foi campeão da competição, que ainda contava com Flamengo, Corinthians, Atlético (MG), Internacional e Bahia.

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A diretoria do Coritiba divulgou nesta terça-feira que encaminhou um pedido à Confederação Brasileira de Futebol uma solicitação de reconhecimento do "Torneio do Povo", realizado e vencido pelo alviverde em 1973, como competição nacional. O clube também enviou um pedido de apoio à Federação Paranaense de Futebol para que a instituição "abrace" a causa alviverde.

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Segundo o Coritiba, o projeto de tentar reconhecer o torneio como uma competição nacional existe há tempos. "Foram realizados diversos jantares sem a presença do presidente. Se tivessem me convidado saberiam que a atual diretoria já estava trabalhando pelo reconhecimento de mais esta conquista", disse Giovani Gionédis em nota divulgada pelo clube".

Torcida também tenta reconhecimento

O advogado Domingos Moro, ex-vice de futebol do Coritiba, foi convidado pelo vereador Aladim Luciano (PCdoB) e pelo conselheiro Luiz Guilherme de Castro – com o apoio do ex-presidente Evangelino da Costa Neves – para redigir um documento que pretendia reivindicar o reconhecimento do Torneio do Povo como conquista nacional. O documento seria apreciado por um grupo de torcedores, que fariam um abaixo-assinado para enviar à CBF.

"Eu fui convidado por um grupo de conselheiros, ex-jogadores e amigos para redigir esse documento. Me pediram que esse documento esteja pronto para ser apresentado em um jantar e estou fazendo isso. Hoje me disseram que o Coritiba se antecipou e fez esse pedido. Agora quem me convidou vai me dizer o que fazer", disse Domingos Moro à Gazeta do Povo Online.

Segundo o advogado, a atitude da diretoria causa estranheza. "O que me surpreende é que quando foi noticiado que estávamos fazendo isso, a diretoria disse que tudo não passava de uma questão eleitoreira e que não era a hora para isso. Sinceramente não entendo". Mas, segundo o próprio Moro, a idéia já é antiga no clube. "Quando eu era dirigente, eu e o Giovani (Gionédis) pensamos nisso como uma maneira de homenagear o Evangelino".

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O dirigente considera importante o reconhecimento oficial, mas despreza o oba-oba criado em torno do assunto. "Queríamos apenas o reconhecimento daquele título como conquista nacional. O que o clube vai fazer com isso eu não sei. Agora esse negócio de colocar uma estrela na camisa é burrice, uma bobagem e só passa na cabeça de algumas pessoas".